Não, não me tenho arriscado a escrever nestes dias tão sombrios. Não iria dar certo. A avaliar pelo que tenho publicado …
Aconteceram muitas coisas sim. Mas as importantes são aquelas que são invisíveis para os olhos. São aquelas que só se vêm com o coração, não se dizem porque vêm de dentro e se forem escritas também não fariam sentido nenhum.
Tenho pensado muito e sobre muitas coisas. Tenho tentado arranjar explicações para o meu pequeno mundo. Nele as coisas têm de ter sentido porque sem esse sentido, o meu mundo desaba. Todos os dias têm havido algumas avalanches…
Assim, hoje debati-me com esta coisa do sentido que as coisas têm de ter. Ela surgiu-me assim na cabeça do nada, ou eventualmente do mal que eu me estava a sentir por me achar a pessoa mais egoísta do mundo.
E de facto cheguei a uma conclusão que me fez sorrir: as coisas só fazem sentido se tiverem um sentido. E a maior parte das coisas que vivo não fazem sentido nenhum porque não têm um sentido. É básico, é tão básico que chega a ser estúpido. E eu senti-me tão estúpida que sorri. Senti-me estúpida por ser tão básica e senti-me estúpida por perceber que na minha vida grande parte das coisa que faço, que procuro e que tenho, não têm um sentido e por isso não fazem sentido.
O sentido das coisas faz toda uma diferença.
Nós gostamos de quem gosta de nós! Que sentido faz gostar de uma pessoa que não gosta de nós? Nós estamos com quem gosta de estar connosco! Que sentido faz estar com uma pessoa que não gosta de estar connosco? Nós damos alguma coisa porque alguém gosta de receber essa coisa. Faz sentido! Mas faz sentido também que se dê a quem nos dá de alguma forma. Se não, não faria muito sentido. Nós trabalhamos bem se tivermos um sentido, seja lá ele o que for. Se não que sentido faz trabalhar? Etc, etc, etc...
Enfim vendo as coisas desta maneira, consigo explicar uma data de coisas que não estavam claras na minha cabeça. E com as quais não me tenho sentido muito bem.
Fiquei um bocadinho mais feliz. Parece que visto desta maneira não me sinto tão egoísta e faz-me sentido que assim seja.
"Depois, à noite, pões-te a olhar para as estrelas. A minha é pequenina demais para se ver daqui. Mas, é melhor assim, para ti, a minha estrela vai ser uma qualquer. Assim, gostarás de olhar para as estrelas todas..."
Dia estranho, este. Pesado. Duro. Não choveu, não molhou, não houve sol, não houve brilho.
Não houve conversa, não houve quase nada. Mas quando cheguei ao meu mail tinha este texto.
Um texto que eu já tinha recebido várias vezes mas que hoje, não sei porquê, aconchegou-me.
Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco grande de vidro e encheu-o com bolas de golf. A seguir perguntou aos alunos se eles achavam que o frasco estava cheio. Os estudantes responderam logo que sim. Então o professor pega numa caixa cheia de fósforos e mete-os no frasco de vidro. Os fósforos encheram os espaços vazios entre as bolas de golf. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco agora já estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim. Então...O professor pegou numa mão cheia de areia e deitou-a para dentro do frasco de vidro. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios que havia entre as bolas de golf e os fósforos e uma vez mais o professor voltou a perguntar se agora o frasco já estava mesmo cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam que agora estava mesmo cheio e que não haveria hipótese nenhuma de caber mais nada dentro daquele frasco De seguida o professor acrescentou 2 chávenas de café ao frasco e claro está que o café se espalhou pelo frasco. Os estudantes, nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:
"QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA" As bolas de golf são as coisas Importantes como a família, os pais, os irmãos, os filhos, a saúde, os amigos, tudo o que nos apaixona. São coisas, que mesmo que se perdêssemos tudo o resto, as nossas vidas continuariam cheias.
Os Fósforos são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.
A areia é tudo o resto, todas as pequenas coisas.
Se enchermos o frasco, primeiro com areia, não haveria espaço para os fósforos nem para as bolas de golf. O mesmo acontece com a vida.
Se gastarmos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importam.
Foi então que um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representava afinal o café. O professor sorriu e disse:
"...o café é só para vos mostrar, que não importa o quanto a vossa vida esteja ocupada, haverá sempre um espaço para um café com um amigo. "
Como explicar o que se sente quando se ouvem coisas que são ditas e que nos entram directas ao coração com se fossem lanças afiadas. Lanças cheias de veneno que se enterram bem devagar na carne e deixam que o veneno se espalhe corroendo lentamente tudo o que o rodeia.
Como explicar a dor de uma morte anunciada, o frio de uma alma sem vida.
"In my defence what is there to say All the mistakes we made must be faced today It's not easy now knowing where to start While the world we love tears itself apart
I'm just a singer with a song How can I try to right the wrong For just a singer with a melody I'm caught in between With a fading dream
In my defence what is there to say We destroy the love It's our way we never listen enough never face the truth Then like a passing song Love is here and then it\'s gone
I'm just a singer with a song How can I try to right the wrong I'm just a singer with a melody I'm caught in between with a fading dream
Caught in between with a fading dream(Twice) Oh what on earth Oh what on earth How do I try Do we live or die Oh help me God Please help me"
Em maré de silêncios e do que ele é capaz. Consigo dizer que é em silêncio que me ajoelho e rezo porque é em silêncio que descubro Deus em mim.
É em silêncio que trabalho porque é nele que encontro a paz para me concentrar nos afazeres do meu raciocínio.
É em silêncio que oiço cantar porque só assim consigo mesmo ouvir os sons baterem-me na alma e percorrerem todo o meu corpo como se de uma corrente eléctrica se tratasse.
É em silêncio que amo porque é nele que os meus sentidos despertam, porque é nele que tenho a confirmação de todos os sentimentos dos que me rodeiam.
"Time waits for nobody We all must plan our hopes together Or we'll have no more future at all Time waits for nobody
We might as well be deaf and dumb and blind I know that sounds unkind But it seems to me we've not listened to Or spoken about it at all The fact that time is running out for us all
Time waits for nobody Time waits for no-one We've got to build this world together Or we'll have no more future at all Because time - it waits for nobody
You don't need me to tell you what's gone wrong (gone wrong gonewrong) You know what's going on But it seems to me we've not cared enough Or confided in each other at all (confided in each other atall) It seems that we've all got our backs against the wall
(Time) Time waits for nobody (Time) waits for no-one We've got to trust in one another Or there'll be no more future at all (Time)
Yeah - Time waits for nobody No no - Time don't wait for no-one Let's learn to be friends with one another Or there'll be no more future at all
Time (time) time (time) waits for nobody waits for nobody Time time time time waits for nobody at all
Time waits for nobody - yeah Time don't wait - waits for no-one Let us free this world for ever And build a brand new future for us all
Quando se gosta e se tem a certeza dos sentimentos que nos envolvem e nos vestem, conseguimos estar em silêncio e usufruir de todos os nossos sentidos.
Quando a insegurança esta presente não há como não sentir o grande incómodo do silêncio.
Mais uma noite sem Lua! Estas noites são fortes em sentimentos. São tristes e vazias, Longas e sombrias, Sente-se o frio e o desaconchego do escuro, Têm uma energia diferente e vincada. Não gosto destas noites...
Existem coisas que quer se queira, quer não nos põem a pensar.
Há pequenas palavras, pequenos sinais, pequenas entoações ou mesmo só um olhar, um gesto, um toque, que nos conseguem por em cima de um pedestal ou do tamanho de uma ervilha.
O problema é que para ter coisas boas, precisamos de nos abrir e consequentemente de nos expor, e quando nos expomos estamos aptos a ouvir e a sentir as coisas mais estranhas.
Às vezes são coisas que nunca nos passaram pela cabeça que nos afectasse, outras são tão óbvias.
Abrir o coração tem destas coisas...
Nunca tive o cuidado de me conter, sempre me expus e por isso de vez em quando surge aquela sensação estranha que mais valia ter ficado calada.
Aos poucos apercebi-me do quão traiçoeiro o silêncio pode ser.
Se é que se pode chamar assim.
Por um lado, o nosso silêncio. Por outro o silêncio dos outros.
Por um lado o bom do silêncio, por outro o mau do mesmo.
Por um lado quanto faz bem, por outro o mal que nos provoca.
Por um lado pode ser vingança, por outro não nos conseguimos vingar dele.
É uma arte, é um ácido, é desprezo, é paz , é barulhento, é solitário, é necessário, é sensato, é um martírio, é sabedoria, é …
E quanto mais procurar, mais vou encontrar. E o pior é que todos os que leio, todos os que vejo, todos os que oiço, são todos o que sinto ou já senti algures por ai em parte incerta da minha vida.
“O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura “ Autor: Aldous Huxley “Podemos estrangular os clamores, mas como vingarmo-nos do silêncio?”Autor: Desconhecido
“O silêncio é o maior dos martírios; nunca os santos se calaram” Autor: Desconhecido
“Os desgostos da vida ensinam a arte do silêncio” Autor: Séneca ”O mais corrosivo de todos os ácidos é o silêncio” Autor: Andreas Frangias ”O silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo” Autor: Bernard Shaw
“O silêncio é um amigo que nunca trai”Autor: Confúcio ”Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz” Autor: Arthur Schopenhauer
“Um Silêncio Cauto e Prudente é o Cofre da Sensatez “ Autor: Umberto Eco
“O silêncio só existe em contraste com o barulho. Se não há barulho a contrastar, é ele próprio barulhento. E então apetece o ruído para ele ser menos ruidoso “ Autor: Vergílio Ferreira
Não, não gosto de voltar atrás. Mas muitas vezes temos de ser fortes e humildes, pegar no fio partido e tentar fia-lo novamente.
Se é a melhor forma?
Não sei!
O fio não volta a ser o que era, afinal foi partido, algures vai ficar uma marca bem forte e evidente.
Ao reconstruir podemos sempre remendar alguns pontos do fio que não tenham ficado bem, é certo que outros pontos do fio ficarão diferentes, com mais ou menos lã, com mais ou menos perfeição. Mas quando chegarmos ao fim da reconstrução e se chegarmos, veremos se valeu a pena tanto trabalho, tanta lã, tanto fiar. Sem tentar, nunca saberemos se ele ficará forte outra vez.
Também é certo que há lã que ficou por fiar, que há bocados de fio fiados com tanto amor e com tanto empenho, tão perfeitos, tão bonitos e que tiveram de ser abandonados. Mas como em tudo há marcas que não nos deixam esquecer que um dia eles existiram.
O importante mesmo é que a lã não acabe, que a vontade de fiar se mantenha e que o fuso não deixe de fiar.
Há uns dias para cá que esta palavra sai em tudo o que é sitio e de onde menos a espero.
Tenho-a encontrado por todo o lado, escrita, falada e até cantada. Parece que anda em toda a parte.
Cada vez que a oiço faz-me eco. Mas hoje o eco foi tão grande e tão contínuo que ainda não me saiu da cabeça.
Não me sinto nada confortável, ou melhor sinto-me mesmo constrangida, quando estas coisas me acontecem. Parece que é alguém a querer que eu tenha coragem ou que, de alguma forma pense nesse assunto!
Nunca fui boa nestes desafios. Nunca consigui perceber o que querem de mim e porquê.
Sinto-me limitada e burra.
Querem que eu pense corajosamente? Querem que eu tenha coragem?
Coragem para quê?
Para enfrentar? Para renunciar?
Coragem para falar? Coragem de calar? Coragem para suportar? Coragem para ouvir? Coragem para assumir? Coragem para amar? Coragem para viver? Coragem para morrer?
Coragem para quê mesmo?!
Preciso de ter tanta coragem e para tanta coisa e sou tão cobarde com tudo que, dificilmente vou chegar onde alguém faz questão que eu chegue.
"Hoje acordei, e senti-me sozinho Um barco sem vela, um corpo sem ritmo Amanheci e vesti-me de preto Um gesto cansado um olhar no deserto
Quando todos vão dormir É mais fácil desistir Quando a noite está a chegar É difícil não chorar
Eu não quero ser A luz que já não sou Não quero ser primeiro Sou o tempo que acabou Eu não quero ser As lágrimas que vês Não quero ser primeiro Sou um barco nas marés
Adormeci, sem te ter a meu lado Um corpo sem alma, guitarra sem fado Um sonho na noite e olhei-me ao espelho Umas mãos de criança num rosto de velho
Quando todos vão dormir É mais fácil desistir Quando a noite está a chegar É difícil não chorar
Eu não quero ser A luz que já não sou Não quero ser primeiro Sou o tempo que acabou Eu não quero ser As lágrimas que vês Não quero ser primeiro Sou um barco nas marés" (Pedro Abrunhosa)
"O silêncio só existe em contraste com o barulho. Se não há barulho a contrastar, é ele próprio barulhento. E então apetece o ruído para ele ser menos ruidoso."
Este meu canto tem sido, tantas e tantas vezes, um refúgio, um amigo inseparável, um companheiro e um entretimento indescritível. Tem sido também um local de partilha comigo própria, um local de discussão entre o mim e o meu eu, uma permanente gestão de conflitos entre esses dois seres que não se conheciam.
Preciso dele. Umas vezes mais outras vezes menos.
É mesmo um sitio onde me sinto confortável, à vontade (mas não à vontadinha) e em liberdade (qb). Liberdade que à muito não sentia. Nele tenho descarregado as minhas duvidas as minhas alegrias, as minhas experiencias, as minhas historias os meus sonhos a minha vida. A ele tenho dedicado uma parte do meu dia, contra tudo e contra todos. Tenho efectivamente dado de mim para dar ao meu eu e vice versa.
É um bocado de egoísmo forte e feio que me permiti a mim própria ao fim de tantos anos.
Não podemos ter medo, nem sentir vergonha do que somos. Temos sim de nos afastar de quem nos faz sentir pequeninos e de todas as situações que de alguma maneira nos ponham em situação de desvantagem.
Não sei se posso falar dela assim. Mas de facto é dela que dependemos e é ela que nos dita quem somos.
È estranho ter visto de repente as coisas desta forma e com tanta clareza. Mas é um facto, as escolhas que fazemos, condicionam todo o nosso ser e a nossa vida.
Está nas nossas mãos ser ou não ser, querer e ficar, não querer e partir, fazer ou não deixar acontecer, mostrar e perder.
Está nas nossas mãos escolher!
Vejo este momento um bocado como um jogo de xadrez.
Posicionamo-nos e condicionamos todas as peças que estão à nossa volta. O mesmo acontece, quando as outras peças se deslocam mexendo connosco. Aqui temos de tomar decisões.
Ou pensamos e estrategicamente, com coragem tomamos a nossa posição. Mexemos para onde? Desistimos? Fazemo-nos passar por quem não somos ou fingimos que somos, sem ser? Calamos o que não queremos ouvir? Falamos o que nos faz sentir bem? Escondemos o que não podemos dar?
Ou cobardemente e tentanto não perder nada, vamos caminhando em permanente sobressalto, sem grandes estratégias, deslizando pelos brancos e tacteando os caminhos arriscando-nos a que, a qualquer momento e sem nos apercebermos alguém nos dite o cheque mate.
Observo por gosto. Sou desconfiada por natureza, prudente de feitio e sou medricas por defesa.
Não ganho nada com isso, é bem verdade.
Sempre fui virada para fora. Virada para as coisas que me rodeiam. As pessoas e os seus comportamentos sempre me fascinaram. A modo como reagem, como vivem, como se mexem, como falam. O fascínio do ser, do conseguir, do ganhar, do poder. As expressões, os sorrisos, o choro, a dor. Sempre me fez muita confusão saber que cada pessoa é uma só e que não há outra igual.
Sempre tentei perceber como é que cada pessoa vence ou não neste mundo de loucos. Como se agrupam as pessoas em função dos seus pensamentos, das suas reacções e principalmente de acordo com que afinidade de partilhas, de vivências ou ainda de experiencias.
Sempre tentei entender como se sobrepõem aos outros para conseguirem ser gente, como usam os seus potenciais, como se destacam, como se afirmam. Perceber o que dizem e o porque não dizem, o que os reprime e o que os faz sentir sublimes, o que mostram e o que escondem. Perceber o que os faz espernear lá no fundo e desdenhar cá em cima.
Às vezes mete-me medo. As pessoas são capazes de tanta coisa.
Dantes eu achava que tinha muitas coisas para dizer acerca da vida. Hoje, e espero que seja de hoje, acho que esta tudo dito.
Entre aquilo que mostramos ser e aquilo que somos vai um mundo de interesses e de medos. Os jogos que se jogam são verdadeiros desafios estratégicos. Mas, também há quem os jogue intuitivamente, mais às cegas, ganha sem perceber, perde sem saber.
Nestes jogos as peças fundamentais são os gestos e as palavras. São tão importantes uns como as outras. Tudo o que se lança para a mesa vai ter influência para o seu desfecho. Qualquer palavra lançada ao Deus dará pode ter efeitos devastadores. Tal como os gestos podem implicar um cheque mate.
Só que, este jogo não tem regras definidas, as regras que se impõem podem ser contornadas a qualquer momento, dependo bem do dia, da hora e das pessoas que o jogam. Depende da seriedade, depende do que se quer e se está disposto a dar e ou perder, depende de tudo e de um par de botas. E assim fica difícil.
Esta falta de fórmulas, a falta de assumir cada um para si próprio o que se quer de si mesmo e o que se quer do próximo ainda torna as coisas mais complicadas.
Acabo sempre no mesmo. São os valores que por vezes faltam.
Os valores que temos e que não nos passaram. A falta de poder de encaixe, a falta de sentido de sacrifício, falta de capacidade de cedência e de compressão. Coisas que se ensinavam e que hoje se facilitam em prol da felicidade.
Que vontade que me dá de rir.
Felicidade? E o que é felicidade?
É ter o que se quer? É dar o que se tem? É aceitar o que cai do céu? É procurar o que se precisa?
"... Cause you'll be in my heart Yes, you'll be in my heart From this day on Now and forever more
You'll be in my heart No matter what they say You'll be here in my heart, always
Why can't they understand the way we feel They just don't trust What they can't explain I know we're different but, deep inside us We're not that different at all
And you'll be in my heart Yes, you'll be in my heart From this day on Now and forever more
Don't listen to them 'Cause what do they know We need each other, To have, to hold They'll see in time I know
When destiny calls you You must be strong I may not be with you But you've got to hold on They'll see in time I know We'll show them together
'Cause you'll be in my heart Believe me, you'll be in my heart From this day on Now and forever more
Oh, you'll be in my heart No matter what they say You'll be here in my heart, always Always
I'll be with you I'll be there for you always Always and always
Just look over your shoulder Just look over your shoulder I'll be there always "
Eu e tu, amarrados a esta vida com objectivos tão iguais e caminhos tão diferentes.
Os dois, presos por laços que nem sabemos se existem, em cais pouco seguros e pantanosos.
Um tem puxado pelo outro e juntos, temos caminhado lado a lado num misto de engano.
Oiço e bebo as tuas palavras em silêncio e reconstruo sobre elas o pouco que me resta e que ainda está intacto.
Quantas vezes à deriva, olhei para ti e me fizeste ver que o norte tem um caminho.
Tens-me deixado ir atrás de ti, sem vontades nem compromissos, e tens-me levado calmamente, num mar de paz, rumo a um porto seguro. Se lá conseguir chegar, nele vou-me erguer, nele vou olhar para o horizonte e vou ver, todos os dias, um nascer e um pôr-do-sol. Nele, sozinha, estarei acompanhada pelo mundo.
No outro dia encontrei um búzio. Um búzio nem pequeno nem grande, nem dos mais bonitos, nem dos mais feios, mas inteiro.
Inteirinho! Solitário, gasto, de arestas limadas e cores esbatidas, mas intacto, bonito e cheio dele. Imponente.
Estava encostado a uma alga verde grande e aconchegadora e bem ao lado daquelas assustadoras rochas cheias de bicos.
Deve ter andado por ali às voltas, a ir e voltar, a bater e a levar ate a maré o largar e ele conseguir descansar, junto a todas as outras conchas e búzios que por ali vagueavam.
Na altura fiquei espantada. Como é que ele, coisa tão frágil, conseguiu sobreviver a tanta brutalidade, a tanta agitação. Como é que ele, coisa tão delicada conseguiu resistir no tempo e a climas tão agrestes.
Esta descoberta fez-me pensar e foram-se alguns dias até eu perceber o que ele me fez sentir, ali tão inteiro, tão bonito e tão orgulhoso.
Aprendi por mim e com as minhas turras, que um amor tem de se cuidar todos os dias a todo o minuto. È certo que há dias e dias, mas ainda assim é preciso cuidar.
Podemos bater, podemos levar, mas temos de ter atenção às pancadas, porque há batidas que são fortes mas que, se forem dadas na altura certa e no sítio certo não partem, limam arestas. Outras que, mesmo pequeninas e leves, nos partem e nos deixam irreversivelmente danificados e desgastados.
O amor é como os búzios e como as conchas. Uns mais fortes, outros mais fracos, todos eles começam bonitos e inteiros, mas com o tempo e com as pancadas vão-se estragando e despedaçando.
O Amor é como os búzios e como as conchas. Uns chegam intactos ligeiramente moídos mas bonitos, outros entregam-se partidos mas com formas, outros jazem quebrados e desfigurados.
Cuidar de um amor é como cuidar de uma concha. Temos de zelar por ele todos os dias, com muita parcimónia e ter em atenção toda a sua fragilidade.
Feliz e orgulhoso o que chega inteiro. Foi cuidado e soube cuidar.
Ganhar identidade é o nosso elemento diferenciador. À medida que se vai ganhando identidade perante os que nos cercam vamo-nos aproximando ou distanciando.
Por isso na nossa vida devemos manter algumas amizades dentro de determinados parâmetros e distanciamentos, sob pena de acelerar o processo de afastamento.
Fico triste sempre que percebo de todo o distanciamento que é provocado pelo meu amor, pela minha vontade de estar, de ter e de dar. Sei que é inevitável e depois de tantos anos de vida já devia estar mais do que habituada. Mas não, dia para dia parece que piora. Quanto mais quero, mais vivo e faço viver e mais perco.
Há sempre um dia em que abrimos o espírito e nos voltamos para as pessoas que estão à nossa volta e percebemos que sem elas não somos ninguém. E aí, percebemos o importante que é dar oportunidade de elas poderem entrar na nossa vida tal como são e com o que têm para dar, sem constrangimentos, sem preconceitos, sem medos, sem tabus.
“…I dreamed a dream in time gone by When hopes were high and life worth living, I dreamed that love would never die I dreamed that God would be forgiving…”
"...O sonho é ver as formas invisíveis Da distância imprecisa, e, com sensíveis Movimentos da esp'rança e da vontade, Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -- Os beijos merecidos da Verdade."
Às vezes gostava de saber escrever, para poder escrever tudo o que me coubesse na alma, tudo o que me viesse à cabeça, tudo o que o meu coração sentisse.
Mas tenho medo. As minhas palavras são mentirosas. Até a mim me enganam.
Consigo tão bem ver nas palavras dos outros tantas coisas que eu sinto, que acabo sempre por perceber que cada um tem a sua missão cá neste mundo. E a minha não é escrever. Um dia, talvez eu possa compensar a humanidade por tudo o que me dá e por tudo o que eu roubo dela.
Enquanto isso, resta-me roubar e partilhar a quem ainda não conhece, ou a quem precise de ouvir, tantas coisas bonitas que me passam pelas mãos.
"Olha pra mim Deixa voar os sonhos Deixa acalmar a tormenta Senta-te um pouco aí
Olha pra mim Fica no meu abrigo Dorme no meu abraço E conta comigo Que eu estarei aqui
enquanto anoitece, enquanto escurece e os brilhos do mundo cintilam em nós enquanto tu sentes que se quebrou tudo eu estarei sempre que te sentires só
Olha pra mim Hoje não há batalhas Hoje não há tristeza deixa sair o sol
Olha pra mim fica no meu abrigo perde-te nos teus sonhos e conta comigo
enquanto anoitece, enquanto escurece e os brilhos do mundo cintilam em nós enquanto tu sentes que se quebrou tudo eu estarei sempre que te sentires só
Há males (ou bens) de que padecemos que nunca damos por eles se não quando os ouvimos por palavras de outros.
Ainda não há muito tempo, falei porque sim, das minhas “lágrimas da volta”. São lágrimas e sentimentos que fazem parte de mim.
Nunca me tinha debruçado muito sobre este assunto. Já é condição assente. Na volta temos o silêncio e as “lágrimas da volta”, como sempre lhes chamei.
Não gosto da volta, não gosto de deixar nada … O ir implica voltar, mas o voltar nem sempre implica ir novamente. E por isso eu achava que era mais uma daquelas minhas birras de menina mimada, de menina que não gosta de perder, de quem deixa muita coisa por viver, de quem tem muita saudade.
Pois nem de propósito. Uns dias depois, quem me ouviu falar fez-me chegar às mãos um artigo da Laurinda Alves, que tem tudo a ver com todo este meu sentimento.
Achei graça, porque descreve o que me vai na alma de cada vez que volto de algum sitio. Nunca, mas nunca mesmo, o faria melhor.
"Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim."
Um dia comecei a ler um bolg e depois outro e depois outro, até bater num blog que, não sei porquê, me deu vontade de também eu ter o meu blog.
Foi uma vontade, tão vontade que me pus ao trabalho de imediato.
Mas no meio disto tudo, não é na formação do meu blog que me quero centrar, é na formação de outros blogs, que eventualmente o meu deu ou pode vir a dar origem.
Pode ter dado sim ou melhor gostaria de acreditar que sim, ou poderá vir a dar. Não pela beleza, não pela escrita, não pelo que é, mas sim pelo que não é.
Todos nós temos aquele pensamento, “…se fosse meu seria assim… eu faria aquilo, escrevia blá blá blá…“. E a partir daqui começa a entrar o bichinho, que vai roendo. Depois temos ou não a coragem de tentar fazê-lo, temos ou não paciência de continuar, temos ou não persistência para o manter.
Por isto ou por aquilo, é sempre engraçado perceber que como me aconteceu a mim, pode sempre acontecer aos outros.
Afinal, afinal só não acontece aos que cá não andam.
Já deu para perceber e vê-se pelas minhas fotografias, pelas minhas palavras, pelos meus gestos, que eu só gosto do que brilha.
O Sol, a Lua, o mar, o luar, as estrelas, o sorriso, os olhos, o branco, a luz, a simplicidade, a inteligência, o cristal, a transparência, a limpeza, a manha, o orvalho, a lágrima. . .
"Os ombros suportam o mundo Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação."
Assim, em dia de aniversário do meu blog, venho renovar as suas/minhas intenções.
“O objectivo deste blog é o de partilhar um pouco da minha existência e o meu estado de alma, através das COISAS que me fizeram e fazem ser o que sou hoje. COISAS como pensamentos, reflexões, percepções, sentimentos, utopias, fantasias, sonhos... COISAS bonitas, feias, boas, más, filosóficas ou sem ser, parvas, inteligentes... COISAS como filmes, excertos de livros, dizeres, máximas, musicas, letras de músicas... Enfim COISAS .”
E se, tal como no ano passado, eu tive o orgulho da vida em ter conseguido manter este blog bem vivinho durante um ano, então agora preciso de um babete bem grande, ou será de um alguidar? Pois não sei, de qualquer coisa sei que preciso!
Definitivamente não é pela forma como escrevo, nem pelo que escrevo mas sim por conseguir, enfrentar esta minha grande dificuldade que é escrever, sentir e ser. Mostrando-me que dificuldade não é incapacidade nem impedimento para se conseguir fazer determinadas coisas.
Passo a passo, bem devagarinho vou tendo consciência de que vou conseguindo e dia-a-dia cai mais uma ficha a meu favor.
Hoje, olhando para trás, estou duplamente surpreendida com tanta coisa.
"...Por isso fiquei hoje deveras surpreendida. Um Ano!Sinto cá dentro um orgulho enorme. Não pelas coisas que escrevi, mas porque escrevi, não pelas ideias que tive, mas pelos motivos. Encontrar-me foi um objectivo de quase todos os dias. E escrever, foi um desafio imenso, enorme, gigantesco!!!!!!!!!. ..."
"... I only wanna make it good So if I love ya a little more than I should
Please forgive me I know not what I do Please forgive me I can’t stop lovin’ you Don’t deny me
This pain I’m going through Please forgive me If I need ya like I do Please believe me Every word I say is true Please forgive me I can’t stop loving you Still feels like our best times are together Feels like the first touch..."
Sem querer percebi, que não quero agonizar na espera, que não quero sentir a tristeza de não ser ninguém para ninguém, que não quero ser o vazio da sombra, que não quero sentir o cheiro da solidão.
Sem querer percebi, que não quero ser hoje para deixar de o ser amanha.
Sem querer percebi que tudo isto me faz perder na minha tristeza, no meu ser, no meu eu.
Sem querer percebi que quero e preciso de ser alguém.
Sem querer percebi que para isso, eu preciso de ser eu e para ser eu só preciso de mim.
Só eu sei o que lá anda e só eu sei o que por lá passa. Só eu sei o que faço para que conheçam ou desconheçam o que trago nele. Só eu sei o que transmito e porque omito. Só eu sei toda a sua verdade. Só eu sei como quero usar este poder, que no meu entender é a base de qualquer relação.
Nunca tive esta consciência. Pelo menos, não desta forma.
São pensamentos estúpidos (ou não) que nos passam pela cabeça, quando estamos mais desocupados.
Assim, hoje pensei que os pensamentos dos outros, tais como os meus, são deles e só deles e só eles é que sabem o que por lá se passa. São incógnitas com que temos de viver e conviver.
Somos obrigados a acreditar nas suas palavras, somos surpreendidos pelos seus gestos. Somos apanhados nas suas atitudes, caímos nas suas teias. Deixamo-nos levar pela surpresa das suas vozes ou pela paz dos seus movimentos mas nada, mesmo nada nos garante, que seja essa a realidade dos seus pensamentos. Estes vão sendo consolidados no tempo, com vontade e na consistência de todos os actos, palavras e gestos.
Só que por vezes, a vontade trai os pensamentos, os gestos escapam e surgem na simplicidade do seu entendimento e aí perde-se de imediato toda a força do acreditar, tornando impossível a retoma do momento.
Os laços de confiança são, sem dúvida, a base de qualquer relação.
“ O amor é um mistério sem fim, já que não há nada que o explique. “
(Rabindranath Tagore)
Um dia com tanto amor, construi um sonho. Um sonho que ficou difícil de só ser sonhado. Um sonho que quis viver. Um sonho que ao tentar passar para o lado da realidade morreu.
Um sonho é um sonho. Um sonho é um conjunto de momentos imaginados, para lá de qualquer realidade, que se encaixam uns nos outros, como que por magia e correm coordenados sem obstáculos, tal e qual a agua corre no leito de um rio. Tudo é bonito, tudo é dourado, como a luz do pôr-do-sol a bater no branco de uma casa alentejana.
Mas um dia, de tanto sonhado, e de tão perfeito que é, o sonho sonha que não tem como correr mal e tenta saltar para o mundo do real. E tal e qual um fruto que cai da arvore, morre.
Morre de morte natural.
Nessa altura nasce um vazio grande, que so pode ser preenchido apanhando e construindo outro sonho com muito amor.
Não, não me esqueci de viver. Estive mesmo muito ocupada com essa coisa.
VIVER…
Quebrar rotinas, criar novos ritmos…
Tenho estado muito caladinha, sim é verdade. Ás vezes é assim que sinto a vida a passar.
As Ferias, são sempre períodos de grande reflexão, de grandes contrastes de sentimentos. Tudo nos passa pela cabeça, tudo é posto em causa. Tudo é vivido noutra dimensão, tudo é assimilado de outra forma que não aquela que se nos apresenta em altura de não férias. Acontecem tantas coisas num só dia férias, que fica difícil digerir.
É a altura mais desejada do ano, nela pomos todas as nossas energias e expectativas.
É a altura, por excelência, da definição de objectivos para o “novo ano” que nos aguarda.
Já tinha lido isto algures por ai. E até já experimentei um dia. É bem verdade. As coisas acabam mesmo, assim de um dia para o outro, basta um minuto e tudo muda.
Ficam as histórias, as memorias, as saudades.
Tive esta mesma sensação quando a minha mãe morreu.
De repente tudo mudou. O céu continuava azul, o sol continuava a nascer todos os dias, o verde era verde, o mar cheirava tão bem, sentia calor e até cheguei a sorrir, tudo parecia igual, mas estava tudo tão diferente!
Não reconheci pessoas tal como as conheci, não reconheci situações tal como as vivi, não me reconheci tal como era. Não me senti mais a mesma pessoa. E principalmente não tinha mais quem observasse e vivesse todos os momentos importantes da minha vida tal como ela era.
Durante um tempo andei a vaguear pelas novas e estranhas ruas desta vida até ter vontade de recomeçar a aprender e a conhecer tudo de novo.
Against All Odds "How can I just let you walk away? just let you leave without a trace When I stand here taking every breath with you, ooh You're the only one who really knew me at all
How can you just walk away from me, when all I can do is watch you leave 'Cause we've shared the laughter and the pain and even shared the tears You're the only one who really knew me at all
So take a look at me now, who has just an empty space And there's nothing left here to remind me, just the memory of your face Well take a look at me now, who has just an empty space And you coming back to me is against the odds and that's what I've got to face
I wish I could just make you turn around, turn around to see me cry There's so much I need to say to you, so many reasons why You're the only one who really knew me at all
So take a look at me now, who has just an empty space And there's nothing left here to remind me, just the memory of your face Now take a look at me now, 'cause there's just an empty space
But to wait for you, is all I can do and that's what I've gotta face Take a good look at me now, 'cause I'll still be standing here And you coming back to me is against all odds It's the chance I've gotta take
Esta minha aversão a discussões, competições, rivalidades, jogos, estratégias, entre outras coisas que tais, faz parte de mim, provavelmente, desde que eu nasci.
Nem à macaca eu gostava de jogar por competição. De de cada vez que percebia que tinha alguém a querer medir forças, eu dava de bandeja. É mais forte que eu. Não sou, nunca fui nem serei melhor do que ninguém, e não gosto de me provar isso vezes sem conta. Não sou lutadora e costumo dizer que sou má perdedora, estes talvez tenham sido os meus grandes defeitos ou quiçá as minhas grandes virtudes, nesta vida.
Mas gosto de música e ela ajuda-me a passar estas desordens.
Gosto desta versão.
"An awesome performance of Sir Elton John, one of the most beautiful piece with a Symphonic Orchestra (Royal Opera House)"
Hoje, supostamente, seria um dia bom para eu escrever.
Um dia, que um dia me deu tantas historias bonitas para lembrar. O dia que me devolveu a vida.
Mas hoje, porque sim, não me sai o que contar. As coisas boas de outrora evaporaram-se por frechas que, distraídamente não tapei. As incertezas de hoje, porque sim, acabaram com o sonho de um ontem mágico.
É sempre assim, o menos bom sobrepõe-se sempre ao muito bom.
Não, definitivamente não era com isso que eu contava. Eu contava que hoje eu tivesse coisas muito boas para contar.
Tonight
Are you ready for love
"Catch a star if you can Wish for something special Let it be me, my love is free Sing a song to yourself Think of someone listening One melody, you're all for me
I'll write a symphony just for you and me If you let me love you, I'll paint a masterpiece Just for you to see If you let me love you, let me love you
Are you ready, are you ready for love Yes I am Are you, are you ready, are you ready for love Yes I am Are you, are you ready, are you ready for love
You're the one like the sun Shine your love around me You'll always be the one for me
Say the word and I'll be there Loving you forever Don't let me go Just say it's so
We'll hear the music ring from the mountain tops To the valley below us We'll serenade the world With a lullaby so the angels will know us Angels will know us" (Elton John)
Contemplação "Deixa-me contemplar-te. Apenas quero guardar com nitidez a tua imagem para poder depois seguir viagem sem temer a angústia e o desespero.
Quero fixar os traços do teu rosto no mais íntimo canto da memória para os poder lembrar quando o desgosto da tua ausência for a minha história.
Quero reter nos olhos as marés de que se faz a luz do teu olhar para poder prender-te como és para sempre no fundo do meu mar. "
"I finally found someone, who knocks me off my feet I finally found the one, who makes me feel complete We started over coffee, we started out as friends It's funny how from simple things, the best things begin
This time it's different,
It's all because of you,
It's better than it's ever been 'Cause we can talk it through Oohh, my favorite line was "Can I call you sometime?" It's all you had to say to take my breath away
This is it, oh, I finally found someone Someone to share my life I finally found the one, to be with every night 'Cause whatever I do, it's just got to be you My life has just begun I finally found someone,
Did I keep you waiting, I didn't mind I apologize, baby, that's fine I would wait forever just to know you were mine And I love your hair, sure it looks right I love what you wear, isn't it too tight? You're exceptional, I can't wait for the rest of my life This is it, oh, I finally found someone Someone to share my life I finally found the one, to be with every night 'Cause whatever I do, it's just got to be you My life has just begun I finally found someone,
Whatever I do, it's just got to be you My life has just begun I finally found someone"
Mas as pessoas olham para nós, seja em que idade for, e teimam em dizer: – -- - Tu já tens idade para fazeres aquilo, já tens idade para não fazer isso…
Toda a minha vida me debati com este… bem, nem sei como lhe chamar.
E eis que quando acho que já não vou ouvir nunca mais, se ouve: - Livra, já tens idade para…
Ora, caramba, quando é que alguma vez eu não terei idade para fazer o que quer que seja, sem que alguém me diga que eu "já tenho idade para…".
Comecei há uns dias e muito lentamente a não querer perceber mas a sentir que estou em fase de readaptação.
Apercebi-me que existem novas realidades na minha vida. Não sei se são boas se são más, sei que tenho de me adaptar e de aceitar os novos caminhos que se abrem bem na minha frente, deixando que outros se fechem debaixo dos meus pés. Andar para a frente significa isso mesmo.
Eu nunca fui muito dada a mudanças, nem nunca gostei de deixar de ter umas coisas para ter outras. Prefiro sempre as anteriores, por medo ou pelo que for! As antigas, eu já conheço!
Mas já vou mais longe do que queria.
Para além da relutância à mudança, bem visível, cá me parece que este novo ciclo é como o 8º ano, não é carne nem peixe, nem o começo de um ciclo nem o acabar de outro, é só mais um, só que é de transição, não trás nada de novo, mas tira-nos todas as mais-valias que tínhamos anteriormente. Ora mudar para pior, não obrigada, mudar por mudar também não me apetece, mudar porque tem de ser, pois… Deve ser por aqui.
Sempre me adaptei bem a todas as fases da vida. Houve umas, um bocado mais difíceis do que outras, nessas estrebuchei, mas elas foram passando e eu fui vivendo o melhor que pude dentro de cada realidade.
A mais difícil de passar foi, sem dúvida, a adolescência. Crescer nunca foi fácil para mim. A partir dai, tudo correu sobre rodas, um bocadinho mais um bocadinho menos, mais ou menos acompanhada.
Pensei, com algum alívio, que nunca mais tivesse de pensar em crescer outra vez. Mas lá está, esse bichinho dá cabo de nós, e ao contrário do que eu pudesse imaginar, aí está ele outra vez a azucrinar-me o espírito.
Só que agora a realidade é outra, a nossa rede de segurança deixou de existir, estamos por nossa conta e risco.
Hoje em dia, e eu acho que já falei disto, as pessoas têm o culto da felicidade.
Ser feliz não importa à custa de quem, nem de quê. Passam e julgam que levam a felicidade.
Também não acho que a felicidade tenha de passar pelo sofrimento profundo e duro.
Há um meio-termo por aí algures que se tem de encontrar.
Tudo o que é ponderado, verdadeiro, transparente trás felicidade.
Tudo o que é falso, desequilibrado, pouco claro trás insegurança que por sua vez não nos deixa ter paz, quanto mais não seja de espírito.
Temos de ter atenção que a nossa esfera acaba onde começa a dos outros que nos rodeiam e que essas esferas, são maiores ou mais pequenas, mas rijas ou mais frágeis, doentes ou saudáveis, cheias de infinitas variáveis.
Nem sempre, ou por outra, raramente conseguimos ter discernimento para perceber quando estamos a entrar na esfera dos outros ou nos apercebemos logo que estamos a deixar os outros entrarem na nossa, infelizmente não há alarmes, por isso a verdade, o respeito e a boa educação são essenciais nestas trocas, nestas partilhas de esfera desejáveis ou indesejáveis.
Para mim, estes valores são os alicerces da nossa vida.
Não pretendo com isto dizer que sou santinha (anjinho para alguns). Longe mesmo! Ultrapasso a toda a hora os limites do aceitável, o que me tira do sério.
É um processo difícil de aprender e por vezes até de compreender. Tantos prismas, tantas formas de ver as coisas que acabamos por só ver a que mais nos interessa.
Tenho acordado para a música. A noite de sábado fez-me relembrar tantas daquelas que ouvíamos e tanto daqueles pequenos momentos vividos na sua companhia. Depois de tanto tempo, aquelas músicas entraram outra vez dentro de mim provocando sensações que pelos vistos ainda duram, quase tão vivas como naqueles tempos. É impressionante, o efeito da música em mim…
Percebi! Percebi, mais uma vez, que tudo e todos têm o seu lugar e o seu tempo. Percebi, mais uma vez, que tudo começa e tudo acaba. Percebi, finalmente, que temos de saber acabar, tal como saber começar. Percebi também que nem sempre queremos que acabe, como nem sempre queremos que comece. Percebi ainda que precisamos de uma certa força e presença de espírito para que tudo corra no final tão bem como correu no seu começo.
Custa! Custa como tudo na vida, e ainda custa mais quando não é nada disso que se quer. Custa não termos o poder de prolongar tudo o que é bom, ou de acabar com o que é mau. Custa não saber como o fazer. Custa ter de tomar decisões. Custa saber a altura certa. Custa mudar os hábitos e finalmente, custa perceber que as coisas mudaram.
Sei! Sei que há portas que se fecham e outras que se abrem. Sei também que precisamos de um certo tempo para conseguir ver quais foram as portas que se abriram e o que deixaram entrar. Sei ainda que hoje dói mas que amanha passa. E sei porque percebi, mais uma vez, que tudo acaba tal como tudo começa.
Numa certa medida, faz-me lembrar o que acontece quando estamos a sonhar e está a ser muito bom e alguma coisa nos faz acordar e não é nada disso que se quer e voltamos a fechar os olhos com muita força e tentamos prolonga-lo e damos conta com tristeza que não vamos conseguir e finalmente aceitamos e abrimos os olhos e continuamos com a nossa vida.
"From the day we arrive on the planet And blinking, step into the sun There's more to be seen than can ever be seen More to do than can ever be done
Some say eat or be eaten Some say live and let live But all are agreed as they join the stampede You should never take more than you give
In the circle of life It's the wheel of fortune It's the leap of faith It's the band of hope Till we find our place On the path unwinding In the circle, the circle of life
Some of us fall by the wayside And some of us soar to the stars And some of us sail through our troubles And some have to live with the scars
There's far too much to take in here More to find than can ever be found But the sun rolling high through the sapphire sky Keeps great and small on the endless round
In the circle of life It's the wheel of fortune It's the leap of faith It's the band of hope Till we find our place On the path unwinding In the circle, the circle of life" (Elton John)