domingo, 29 de novembro de 2009

Escrever


Todos os dias, ou quase todos os dias, escrevo para mim. Já lá vão muitos e muitos anos.

Escrevo de mim para mim, escrevo de mim para a minha alma.

Escrevo para apaziguar a dor daquilo que não tive, daquilo que não tenho, daquilo que nunca terei e daquilo que nunca mais irei ter.

Escrevo para me dar conhecimento das coisas boas e das coisas más por que passo.

Escrevo para me acalmar e perceber que no mundo tudo é passageiro.

Escrevo porque sinto uma necessidade imensa de pôr cá para fora sentimentos que não consigo pôr de outra forma.

Escrevo porque não sei dar o que quero, como quero, a quem quero.

Escrevo porque me alivia.

Escrevo porque me põe a cabeça em ordem ou às vezes em desordem!

Escrevo porque assim dou um bocadinho de mim ao mundo.

Escrevo para me distrair, mas escrevo essencialmente porque não tenho outra forma de comunicar comigo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Música outra vez










Dizem que quem canta os seus males espanta. Pois bem das duas três, ha quem espante os males, há quem dance e há quem adormeça.

Às vezes cantar é tão bom como escrever. Faz-nos sentir vivas.

In my defence







"In my defence what is there to say
All the mistakes we made must be faced today
It's not easy now knowing where to start
While the world we love tears itself apart

I'm just a singer with a song
How can I try to right the wrong
For just a singer with a melody
I'm caught in between
With a fading dream

In my defence what is there to say
We destroy the love
It's our way we never listen
enough never face the truth
Then like a passing song
Love is here and then it\'s gone

I'm just a singer with a song
How can I try to right the wrong
I'm just a singer with a melody
I'm caught in between with a fading dream

Caught in between with a fading dream(Twice)
Oh what on earth
Oh what on earth
How do I try
Do we live or die
Oh help me God
Please help me"

(Freddie Mercury)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Silêncio III


Há palavras muito bonitas mas há silêncios imensamente mais bonitos do que essas palavras

Silêncio II


Em maré de silêncios e do que ele é capaz. Consigo dizer que é em silêncio que me ajoelho e rezo porque é em silêncio que descubro Deus em mim.

É em silêncio que trabalho porque é nele que encontro a paz para me concentrar nos afazeres do meu raciocínio.

É em silêncio que oiço cantar porque só assim consigo mesmo ouvir os sons baterem-me na alma e percorrerem todo o meu corpo como se de uma corrente eléctrica se tratasse.

É em silêncio que amo porque é nele que os meus sentidos despertam, porque é nele que tenho a confirmação de todos os sentimentos dos que me rodeiam.

É em Silêncio…

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Time






"Time waits for nobody
We all must plan our hopes together
Or we'll have no more future at all
Time waits for nobody

We might as well be deaf and dumb and blind
I know that sounds unkind
But it seems to me we've not listened to
Or spoken about it at all
The fact that time is running out for us all

Time waits for nobody
Time waits for no-one
We've got to build this world together
Or we'll have no more future at all
Because time - it waits for nobody

You don't need me to tell you what's gone wrong (gone wrong gonewrong)
You know what's going on
But it seems to me we've not cared enough
Or confided in each other at all (confided in each other atall)
It seems that we've all got our backs against the wall

(Time) Time waits for nobody
(Time) waits for no-one
We've got to trust in one another
Or there'll be no more future at all
(Time)

Yeah - Time waits for nobody
No no - Time don't wait for no-one
Let's learn to be friends with one another
Or there'll be no more future at all

Time (time) time (time) waits for nobody waits for nobody
Time time time time waits for nobody at all

Time waits for nobody - yeah
Time don't wait - waits for no-one
Let us free this world for ever
And build a brand new future for us all

Time waits for nobody nobody nobody
For no-one"

(Freddie Mercury)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Silêncio I


Quando se gosta e se tem a certeza dos sentimentos que nos envolvem e nos vestem, conseguimos estar em silêncio e usufruir de todos os nossos sentidos.

Quando a insegurança esta presente não há como não sentir o grande incómodo do silêncio.

Noite sem Lua


Logo vi...

Mais uma noite sem Lua!
Estas noites são fortes em sentimentos.
São tristes e vazias,
Longas e sombrias,
Sente-se o frio e o desaconchego do escuro,
Têm uma energia diferente e vincada.
Não gosto destas noites...

(A não ser quando estou acompanhada)

Every Time We Say Goodbye



domingo, 15 de novembro de 2009

Pensamento


Há sempre o que se pensa e se pode pensar, que se pode e deve fazer.

O que se pensa só por pensar mas que por não estar correcto socialmente só se pode pensar e não fazer.

E o que se pensa porque a cabeça invariavelmente vagueia por locais proibidos e estes, nem pensar se pode.

Filosofia dos sentidos


"Eu não tenho Filosofia: tenho sentidos..."

(Alberto Caeiro)

A minha noite



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

De coração


Existem coisas que quer se queira, quer não nos põem a pensar.

Há pequenas palavras, pequenos sinais, pequenas entoações ou mesmo só um olhar, um gesto, um toque, que nos conseguem por em cima de um pedestal ou do tamanho de uma ervilha.

O problema é que para ter coisas boas, precisamos de nos abrir e consequentemente de nos expor, e quando nos expomos estamos aptos a ouvir e a sentir as coisas mais estranhas.

Às vezes são coisas que nunca nos passaram pela cabeça que nos afectasse, outras são tão óbvias.

Abrir o coração tem destas coisas...

Nunca tive o cuidado de me conter, sempre me expus e por isso de vez em quando surge aquela sensação estranha que mais valia ter ficado calada.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Silêncio


O silêncio pode ser um bem ou um mal.

Aos poucos apercebi-me do quão traiçoeiro o silêncio pode ser.

Se é que se pode chamar assim.

Por um lado, o nosso silêncio. Por outro o silêncio dos outros.

Por um lado o bom do silêncio, por outro o mau do mesmo.

Por um lado quanto faz bem, por outro o mal que nos provoca.

Por um lado pode ser vingança, por outro não nos conseguimos vingar dele.

É uma arte, é um ácido, é desprezo, é paz , é barulhento, é solitário, é necessário, é sensato, é um martírio, é sabedoria, é …

E quanto mais procurar, mais vou encontrar. E o pior é que todos os que leio, todos os que vejo, todos os que oiço, são todos o que sinto ou já senti algures por ai em parte incerta da minha vida.

“O silêncio está tão repleto de sabedoria e de espírito em potência como o mármore não talhado é rico em escultura “ Autor: Aldous Huxley “Podemos estrangular os clamores, mas como vingarmo-nos do silêncio?”Autor: Desconhecido

“O silêncio é o maior dos martírios; nunca os santos se calaram” Autor: Desconhecido

“Os desgostos da vida ensinam a arte do silêncio” Autor: Séneca ”O mais corrosivo de todos os ácidos é o silêncio” Autor: Andreas Frangias ”O silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo” Autor: Bernard Shaw

“O silêncio é um amigo que nunca trai”Autor: Confúcio ”Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz” Autor: Arthur Schopenhauer

“Um Silêncio Cauto e Prudente é o Cofre da Sensatez “ Autor: Umberto Eco

“O silêncio só existe em contraste com o barulho. Se não há barulho a contrastar, é ele próprio barulhento. E então apetece o ruído para ele ser menos ruidoso “ Autor: Vergílio Ferreira

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Agora como há uns anos.


Não, não gosto de voltar atrás. Mas muitas vezes temos de ser fortes e humildes, pegar no fio partido e tentar fia-lo novamente.

Se é a melhor forma?

Não sei!

O fio não volta a ser o que era, afinal foi partido, algures vai ficar uma marca bem forte e evidente.

Ao reconstruir podemos sempre remendar alguns pontos do fio que não tenham ficado bem, é certo que outros pontos do fio ficarão diferentes, com mais ou menos lã, com mais ou menos perfeição. Mas quando chegarmos ao fim da reconstrução e se chegarmos, veremos se valeu a pena tanto trabalho, tanta lã, tanto fiar. Sem tentar, nunca saberemos se ele ficará forte outra vez.

Também é certo que há lã que ficou por fiar, que há bocados de fio fiados com tanto amor e com tanto empenho, tão perfeitos, tão bonitos e que tiveram de ser abandonados. Mas como em tudo há marcas que não nos deixam esquecer que um dia eles existiram.

O importante mesmo é que a lã não acabe, que a vontade de fiar se mantenha e que o fuso não deixe de fiar.

Não há fio, não há agasalhos e o frio instala-se.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Coragem


Há uns dias para cá que esta palavra sai em tudo o que é sitio e de onde menos a espero.

Tenho-a encontrado por todo o lado, escrita, falada e até cantada. Parece que anda em toda a parte.

Cada vez que a oiço faz-me eco. Mas hoje o eco foi tão grande e tão contínuo que ainda não me saiu da cabeça.

Não me sinto nada confortável, ou melhor sinto-me mesmo constrangida, quando estas coisas me acontecem. Parece que é alguém a querer que eu tenha coragem ou que, de alguma forma pense nesse assunto!

Nunca fui boa nestes desafios. Nunca consigui perceber o que querem de mim e porquê.

Sinto-me limitada e burra.

Querem que eu pense corajosamente? Querem que eu tenha coragem?

Coragem para quê?

Para enfrentar? Para renunciar?

Coragem para falar? Coragem de calar? Coragem para suportar? Coragem para ouvir? Coragem para assumir? Coragem para amar? Coragem para viver? Coragem para morrer?

Coragem para quê mesmo?!

Preciso de ter tanta coragem e para tanta coisa e sou tão cobarde com tudo que, dificilmente vou chegar onde alguém faz questão que eu chegue.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pensamentos




Ai! Pensar faz mal…

Sinto-me como um muro cheio de pés de hera todos eles entrelaçados em mim e entre si.

Um muro que de nada serve a não ser de entrave ao crescimento. Um muro velho e inoportuno, já sem sentido neste espaço.