segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Lágrimas da Volta
Há males (ou bens) de que padecemos que nunca damos por eles se não quando os ouvimos por palavras de outros.
Ainda não há muito tempo, falei porque sim, das minhas “lágrimas da volta”. São lágrimas e sentimentos que fazem parte de mim.
Nunca me tinha debruçado muito sobre este assunto. Já é condição assente. Na volta temos o silêncio e as “lágrimas da volta”, como sempre lhes chamei.
Não gosto da volta, não gosto de deixar nada … O ir implica voltar, mas o voltar nem sempre implica ir novamente. E por isso eu achava que era mais uma daquelas minhas birras de menina mimada, de menina que não gosta de perder, de quem deixa muita coisa por viver, de quem tem muita saudade.
Pois nem de propósito. Uns dias depois, quem me ouviu falar fez-me chegar às mãos um artigo da Laurinda Alves, que tem tudo a ver com todo este meu sentimento.
Achei graça, porque descreve o que me vai na alma de cada vez que volto de algum sitio. Nunca, mas nunca mesmo, o faria melhor.
Simplesmente é isto.
"E é neste silêncio que ressoam as palavras e os gestos dos que nos são queridos e cabem todos os instantes bem vividos."
(Laurinda Alves)
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2 comentários:
Ó Sum, ir é bom, voltar, nem sempre e as lágrimas enxugam-se, ora. ;)
(Digo eu, que me chamam de diabinho e que não gosto de ver mulheres chorar... riso tímido)
Ah pois enxugam-se sim, mas não deixam de cair! Essa é que é essa.
Hummm! Não gosta de ver mulheres a chorar... Diabinho! Sorrisos tímidos... Então deduzo que só gosta de as ver a soluçar copiosamente, com os olhos todos encarnados, etc, etc... Naaa! Aí não chego mesmo, são só umas lágrimas e um silêncio profundo durante um tempinho, depois passa. (risos)
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