sexta-feira, 15 de julho de 2016

A nossa paz interior é sagrada


É estranho quando as verdades nos entram pelos olhos a dentro sempre que precisamos de as ouvir.
Hoje entrei na garagem cheia de pressa, carreguei no botão de chamamento do elevador e esperei pacientemente. O tempo de espera foi tão grande para a quantidade de coisas que ainda tinha para fazer e para a minha falta de paciência que ultimamente se esgota por nada, que comecei a ficar mesmo irritada e soltei em surdina um palavrão qualquer.
Foi então que o senhor asiático, que esperava como eu o elevador, olhou para mim, viu o meu desespero e muito calmo e com o ar mais simpático deste mundo, disse – “ A nossa paz interior é sagrada, não a percas com estas coisas!”. Foi tão certeiro que fiquei, muito loira, sem expressão a olhar para a porta do elevador. Vá lá que ainda tive reação para fazer um sorriso amável e agradecer a dica. E não é que a razão estava mesmo do lado dele.
Fez-me ficar a pensar até agora, que raio de coisas ou situações merecerão a perda da nossa paz?
Ainda não me surgiu nenhuma.