quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Musicas Repetidas


E aqui vai mais uma.



"O que foi que aconteceu

Aconteceu
Eu não estava à tua espera
E tu não me procuravas
Nem sabias quem eu era
Eu estava ali só porque tinha que estar
E tu chegaste porque tinhas que chegar
Olhei para ti
O mundo inteiro parou
Nesse instante a minha vida
A minha vida mudou
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos?
O que foi que aconteceu?
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos, meu amor?
O que foi que aconteceu?
Aconteceu
Chama-lhe sorte ou azar
Eu não estava à tua espera
E tu voltaste a passar
Nunca senti bater o meu coração
Como senti ao sentir a tua mão
Na tua boca o tempo voltou atrás
E se fui louca
Essa loucura
Essa loucura foi paz
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos?
O que foi que aconteceu?
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos,


(Cantado por Ana Moura)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Serpa






Hoje acordei com um passaroco a bicar na janela da sala.

Não sei o que queria, mas quando apareci para ver quem fazia tamanho barulho, e pronta para dar uma descompostura, o desgraçado do melro ficou a olhar para mim de lado e com um ar desafiador.

Aproximei-me e ele fugiu.

Deitei-me outra vez, mas desta feita com a máquina fotográfica ao lado. Se ele voltar eu apanho-o, pensei eu.

Mas o melro de bico amarelo não voltou. Veio outro em sua substituição. Não tão bonito, mas igualmente desafiador. Olhou para mim, fez a gracinha, parou novamente e de seguida voo.

Posted by Picasa

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Alentejo


É preguiça e da forte.

Alentejo convida à bela da moleza, lanzeira, ou lá como se diz, tão típica deste prazenteiro lugar.

Cafés da manha, o belo do passeio, uma boa musica e um livro, ir a Espanha comprar secretos de porco preto, ir ao “Lebrinha” beber a melhor imperial de Portugal com uns camarões grelhados, noticiazinhas na televisão com um braseirinho bem quentinho na frente e um gin na mão e ainda depois de um jantar bem regado, umas anedotas no grupo das crianças, um jogo, um bocadinho de computador, falar, dormitar, falar, falar, rir até cair para o lado de cansaço…

Entre umas e outras actividades confesso que ainda não arranjei tempo para olhar para dentro.

Mas estou feliz.

Este é de facto um meio onde me sinto bem. Mesmo sentindo a pele a estalar de seca, o frio a entrar pelos ossos, a chuva que não nos deixa passear tanto como gostaria e o cheiro a cigano de estar dentro das lareiras gigantes, ah!! Misturado com o cheiro típico das águas-de-colónia espanholas. Brrr!

Aqui não há confortos, há vida.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal IX - Amar



E como não há Natal sem amor, resolvi hoje falar sobre o que me faz mover na vida.

O amor.

Palavra, que me diz pouco, ou eu não pertencesse aquela geração que a Ana Vidal tão bem descreveu no seu post “dizer o Amor",mas sem o qual a vida não faria qualquer sentido.

Não sou poeta, não sou escritora, não sou cantora, não sou pintora, não tenho qualquer arte através da qual me possa exprimir, mas tenho uma enorme necessidade de o apregoar. Como? Ainda não descobri!

Dizer “Eu gosto de ti” é dar um pouco de mim a cada pessoa que gosto. Sabe-me bem afirma-lo. Sabe-me bem ouvi-lo. Quando ouvimos ou quando dizemos, selamos um compromisso de amizade que não é para todos. É selecto, é especial, enche. Só por si já é muito. Mas de facto não é “Amo-te”.

“Amo-te” é mais, é muito mais. “Amo-te” é quase indizível, faz-nos tremer, faz-nos rir, faz-nos chorar, faz-nos estar alerta, faz-nos sentir, faz-nos construir, faz-nos sonhar, faz-nos …viver.
“Amo-te”, dizer só não chega, preciso de o dar, preciso de o receber.

Fico fragilizada quando não o sinto, desprotejo-me quando o dou, desfaço-me, derreto-me quando o recebo. Mas ainda assim é dele e para ele que vivo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal VII


E porque existem pessoas que nos acompanham na sombra, nos guiam e nos iluminam o caminho com as suas palavras de conforto e a sua presença sempre discreta, respeitadora e amiga. E porque, em grande parte, são estas pessoas que nos fazem ter um Natal melhor. Aqui vai um grande beijo com um desejo – muitos e bons anos sempre com a vossa companhia.

(M.Júlia, está incluída neste meu pequeno agradecimento, a sua presença tem sido uma fantástica companhia. E aqui incluo também Ana V., Júlia ML, Fugi, Torquato, Mad, Mike, Huck, RAA, Rogerio C, e claro Eu antes de Mim, Pedro Rapoula, Lourenço, Papiêr e Tia Teresa. A todos, mesmo todos, os que de alguma forma me acompanharam e acompanham nesta aventura.







“And so this is Christmas, see what you have done for me!”
Another year over and a new one just begun.

And so this is Christmas, i hope you have fun,
The near and the dear one, the old and the young.

A very merry Christmas and a happy new year,
Let's hope it's a good one without any fear.

And so this is Christmas for weak and for strong,
For the rich and the poor ones, the road is so long.

And so happy Christmas for black and for whites,
For the yellow and red ones, let's stop all the fight.


A very merry Christmas and a happy new year,
Let's hope it's a good one without any fear.
And so this is Christmas and what have we done?
Another year over, a new one just begun.

And so this is Christmas, we hope you have fun,
The near and the dear one, the old and the young.

A very merry Christmas and a happy new year,
Let's hope it's a good one without any fear.

War is over
If you want it,
War is over now.

Happy Christmas!
Happy Christmas!
Happy Christmas!
Happy Christmas!
Happy Christmas!



segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Natal VI


E agora, só para a Júlia ML, obrigada pelo lindo presente que me deu.





(Tardou, mas isso foi porque fiquei sem jeito :-))

Natal V


E porque é Natal e,
Porque o Natal é o nascimento de Jesus e,
Porque Jesus teve um pai e uma mãe como todos nós, que zelaram pela sua existência enquanto puderam e,
Porque não há uma sem duas e ainda,
Porque sim.

Aqui vai, para todos os pais que lerem este post, a minha versão favorita, da minha música preferida de Natal, cantada por Pavarotti.

"Avé Maria"



domingo, 21 de dezembro de 2008

Natal IV


O Natal

Estamos no Natal não é verdade!

E por isso mesmo, supostamente imbuídas desse espírito Natalício que por aí tanto falam.

Eu sinto-o, menos do que quando era mais nova e de uma nova forma.

Ainda assim tenho boas recordações e todos os anos junto mais uns pós. Todos os anos sinto falta dos que já não estão, mas não mais falta do que noutro momento qualquer do ano. Todos os anos tento passar alguns momentos mágicos aos que estão ao meu lado, tal e qual me passaram no passado.

Uns dos momentos mágicos eram sem dúvida o lado musical.

As músicas de Natal enchem-me.

"Ave Maria"


Esta é uma das minhas musicas preferidas de Natal.

Em qualquer versão.

Dedico-a aqui neste post, a todas mães que o lerem.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Um Olhar


Olhaste para mim!


Olhaste de olhar, ou só olhaste?

Foi impressão minha, ou vi um cintilar no fundo desse teu olhar?

Eu senti-o! Ele entrou em mim e eu corei, deixaste-me nervosa.

Viste o que eu senti?

Conseguiste perceber o que ia no meu olhar, na minha alma, no meu coração!

Sentiste o que eu senti?

Viste, percebeste e fugiste!

Fugiste de mim ou de ti?

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Jogo de Sedução


O jogo de sedução de que eu tanto gosto desta vez apanhou-me na curva.

Não vale a pena tentar enganar-me.

Deixei-me levar, envolvi-me, perdi.

Envolvi-me não de paixão mas de desejo.

Não é aquele desejo de ter para mim a pessoa por quem me deixei envolver.

Não é desejo da carne.

É desejo de me sentir amada.

Desejo de me poder aninhar e sentir o calor de um abraço protector.

É desejo de ter uma pessoa que olhe por mim, que me dê atenção que goste de mim, que me queira do seu lado, que goste de conversar comigo, de partilhar as coisas mais banais desta vida, que goste das mesmas coisas que eu e com quem eu possa brincar, correr, andar, tropeçar. Que não me leve a mal, não me cobre o dia-a-dia, não exija a minha perfeição. Desejo de poder ser eu, de dar o meu conforto e o meu abraço, de não ter medo de me expor, de me sentir livre.

Por momentos achei que tinha encontrado!!!Mas que sina a minha! Ter perdido mesmo antes de ter encontrado.

Desta vez fui surpreendida, eu própria não queria nada, querendo tudo. Deixei-me envolver!!!!

Não me perdoo por me ter deixado iludir, por me ter deixado ir tão longe. Não me perdoo por me ter dado ao luxo de ter sonhado tão alto.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Aquela Carta


Comecei a escrever uma carta para te enviar e de repente, quando a releio, dou conta que ela pode ter mil e um sentidos.

Escrevo outra vez, mas agora de outra forma.

Releio e mais uma vez tudo pode ter outro sentido. Refaço vezes sem conta mas o que eu queria passar, coisa tão simples, continua a poder ser interpretado de milhentas maneiras.

Vi com tristeza que, se a leres poderás pensar em tudo menos no que simplesmente te queria dizer!

Mas, mais triste só o facto de não te ter enviado a carta!

O que eu não escrevi, mas escrevi e o que não tinha intenção de te dizer, mas parece que disse, o que eu queria ter contado, e não consegui… Ficou por aqui mesmo.

É nestas pequenas coisas que vejo o que vou perdendo.

Da minha parte, espontaneidade e todo o meu eu.

Da tua… Provavelmente nada, nem te deste conta que alguma perdeste aquilo que nem sabes que tiveste.

Bom? Mau? Nunca saberás, nem eu...

Mas sentirei sempre a falta de não te ter escrito aquilo que tanto te queria dizer.

Que teríamos ganho se eu a tivesse enviado? Provavelmente nada! Nunca saberás, nem eu ...

Mas, talvez eu não sentisse esta falta, tão grande, de não te ter contado o tanto que tinha para contar.


domingo, 14 de dezembro de 2008

sábado, 13 de dezembro de 2008

Natal III


Quando eu era pequena a minha avó costumava contar-me muitas histórias.

No Natal, as histórias multiplicavam-se.

Aquelas que envolviam crianças e pessoas sem ninguém, foram as que mais me marcaram.

Eram histórias tristes e muito bonitas, cheias de cor e frio.

Acabavam bem, como qualquer historia que se preze. Menos uma!!!!

E, todos os Natais, com poucas excepções, eu lembro-me dessa história: “A menina dos fósforos”.

A menina dos fósforos

"Estava tanto frio! A neve não parava de cair e a noite aproximava-se. Aquela era a última noite de Dezembro, véspera do dia de Ano Novo. Perdida no frio, uma menina seguia pela rua, com a cabeça descoberta e os pés descalços.

A menina levava no avental uma quantidade de fósforos, e estendia um maço deles dizendo:

— Quem quer fósforos bons e baratos? — Mas ninguém comprara os fósforos.

Sentia fome e frio, e estava com a cara pálida e as faces encovadas. Os flocos de neve caíam-lhe sobre os cabelos compridos e loiros. Através das janelas, as luzes vivas e o cheiro da carne assada chegavam à rua, porque era véspera de Ano Novo.

Sentou-se no chão e encolheu-se num canto. Sentia cada vez mais frio mas não tinha coragem de voltar para casa. Então lembrou-se de acender um fósforo para se aquecer.

Pegou num fósforo e acendeu! Mas, que luz era aquela? A menina julgou que estava sentada em frente de um fogão de sala cheio de ferros rendilhados, com um guarda-fogo reluzente. A menina estendia já os pés para se aquecer, quando a chama se apagou e o fogão desapareceu. E viu que estava sentada sobre a neve, com a ponta do fósforo queimado na mão.

Acendeu outro fósforo e o lugar em que a luz batia na parede tornou-se transparente. A rapariguinha viu assim o interior de uma sala de jantar onde a mesa estava coberta por uma toalha branca, e mesmo no meio havia um ganso assado, com recheio de ameixas e puré de batata, espalhando um cheiro apetitoso. Mas, o fósforo apagou-se, e a pobre menina só viu na sua frente a parede negra e fria.

E acendeu um terceiro fósforo. Imediatamente se encontrou ajoelhada debaixo de uma enorme árvore de Natal. Milhares de velinhas ardiam nos ramos verdes. A menina levantou ambas as mãos para a árvore, mas o fósforo apagou-se, e todas as velas de Natal começaram a subir, e ela percebeu então que eram apenas as estrelas a brilhar no céu.

Uma estrela maior do que as outras desceu em direcção à terra, deixando atrás de si um comprido rasto de luz. «Foi alguém que morreu», pensou para consigo a menina; porque a sua boa avó, que já não era viva, dizia-lhe muita vezes: «Quando vires uma estrela cadente, é uma alma que vai a caminho do céu.»

Acendeu mais outro fósforo e uma grande luz apareceu, e no meio dessa luz estava a sua avó, de pé, com uma expressão muito suave, cheia de felicidade!
— Avó! — gritou a menina — leva-me contigo! Quando este fósforo se apagar, eu sei que já não estarás aqui. Vais desaparecer como o fogão de sala, como o ganso assado, e como a árvore de Natal, tão linda.

Riscou imediatamente todos os fósforos porque queria muito que a avó continuasse junto dela. Foi então que a Avó a tomou nos braços e, soltando os pés da terra, voaram as duas tão alto que já não podiam sentir frio, nem fome, nem desgostos, porque tinham chegado ao reino de Deus."

(Hans Christian Andersen)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Natal II


No outro dia, uma amiga perguntou-me se eu punha o Menino Jesus no presépio antes do dia 25 de Dezembro.

Vai que respondi que em casa da minha Avó era assim que se fazia. Já eu não tinha muitas hipóteses porque o meu presépio era dos modernos, daqueles que o Menino Jesus e as suas palhinhas eram a mesma peça.

Assim um bocado a medo perguntou então como é que eu fazia com as palhinhas.

Devo ter ficado a olhar para ela com ar de marciano extraterrestre.

Então, rapidamente começou a contar a sua história.

Quando faziam o presépio todos em família e depois das rezas e cânticos habituais, comprometiam-se a fazer uma caminha fofinha para o Menino Jesus. A sua Mãe, contava que cada boa acção ou sacrifício se transformava numa palhinha e todos os finais do dia, até ao dia de Natal, e antes do jantar rezavam e entregavam as palhinhas do dia para a cama do Menino Jesus.

Tinham assim um momento de convívio e um momento de dádiva e reflexão.

Partilhavam as suas boas acções e histórias, riam-se juntos, choravam juntos, brincavam juntos e juntos se esforçavam por um mundo melhor e para que o Menino Jesus tivesse uma caminha digna, farfalhuda, fofinha e quentinha. Por pelo menos uns tempos, eram todos por um e um por todos.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Natal I


E porque hoje é dia de Lua cheia...É Natal...

É dia de Magia...




E mais Magia...



E mais Magia...



E mais Magia!!!




Natal


Raio de época mais bonita e mais nostálgica, mais sem tempo e tudo a correr. Chega a ser stressante ver a correria das pessoas e minha, é claro. Parece que o mundo vai acabar no dia de Natal.

Tive esta sensação na época que me casei e agora dou conta que todos os anos por esta altura tenho o mesmo problema para resolver. Sim para resolver, de tanto correr, não se tem tempo para o que é importante. As pessoas!!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Reportagem fotografica


Não tenho estado com grandes “feelings” para a escrita. Bem, não tem sido só para a escrita, para tudo um bocadinho, o que se reflecte bastante na escrita!


O tempo também não tem sido aquele amigo! Tanta coisa para se fazer e pouco tempo para digerir, processar e sintetizar. Como dizem os alentejanos - Tudo tem o seu preceito e sem ele nada feito.

Alentejo, Ribatejo, Gerês, tem sido o país de lés a lés. Ou quase!
A reportagem fotográfica é digna de se ver e de se partilhar.

Já o frio, os cheiros ou melhor as próprias das vivências… Só para quem as sentiu ou melhor viveu!

Há quem diga que me escondo atrás de uma maquina fotográfica. Admito que pode ser verdade. Mas geralmente vale a pena. O que se perde, ganha-se a recordar. Será bom, será mau? Ainda não pensei muito.



Gerês II









terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Arco Iris




“Este é o sinal da aliança que faço entre mim e todas as criaturas que estão na terra.”
(Gênesis 9:13 à 17)