quinta-feira, 8 de maio de 2008
Valor, Contexto e Arte
Este post chamou-me a atenção.
Achei a maior das graças. Eu seria de certeza uma das pessoas que passaria sem olhar e sem prestar atenção à música, ao violino ou mesmo ao senhor artista.
Sou das pessoas que conheço, a mais observadora dos sentimentos humanos. Mas no que diz respeito a situações e outras coisas que tais não tenho a mais pequena capacidade de observação ou de captação e retenção de pormenores. Não decoro uma marca, uma matrícula, um corte de cabelo, a cor da camisola que a colega da frente trazia, a história contada, a conversa falada, a rua apontada, a placa da entrada, enfim, nada.
E como tal, esta situação passar-me-ia completamente ao lado, a menos que o senhor irradiasse algum tipo de sentimento ou comportamento que me chamasse a atenção.
Em Londres, quantas e quantas vezes me sentei no chão, em pleno “Covent Garden” a olhar alguns “cromos” que, com toda a convicção mostravam os seus dotes. E Eu olhava e tentava imaginar qual a motivação, quais os sentimentos que os levavam a fazer aquelas coisas. Sentia as suas tristezas, as suas alegrias, as suas euforias, enfim tentava avaliar os seus comportamentos através dos seus sentimentos. Enfim, EU…
Contra tudo aquilo que eu gostaria de ser. Esta é sem duvida uma parte de mim.
Valor, Contexto e Arte
RECEBI ESTE MAIL E ACHEI MUITO INTERESSANTE... PF LEIAM...
Durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, telemovel no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre "Valor, Contexto e Arte".
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
(Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo, sem etiqueta de marca.)"
O video da experiência
Publicada por RICARDO
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