segunda-feira, 5 de maio de 2008
Um livro prendeu-me
Ontem fiquei presa em casa.
Um livro prendeu-me.
É tão raro acontecer.
Quando acordei, lembrei-me que me tinham emprestado um livro, que eu deveria ler por razões várias.
Depois de mo emprestarem já eu li alguns 3 livros. É a preguiça que às vezes me dá quando me tentam impingir um livro, como obrigatório ler para se ser politicamente correcto.
Então olhei para o livro que tinha acabado de ler na noite anterior ainda com uma certa nostalgia, pedi-lhe desculpa de não fazer o luto necessário e tirei do monte dos livros ainda por ler, o que estava por baixo de todos.
Comecei a ler pela manha, ainda deitada e mal acabada de acordar e, como que não sei porquê, entrei na história de cabeça. Fui com o livro para a mesa do pequeno-almoço, coisa proibida nesta casa por ser local de obrigatório convívio familiar (não televisão, não telemóvel, não telefone, não revistas, não livros, não jogos, só nós e as nossas conversas de mau feitio de fome e de sono), continuei de livro na mão pelas minhas tarefas fora. De seguida e já fresquinha e cheirosa, parti para a espreguiçadeira da varanda, o sol a bater estava um mimo. Acabei no sofá verde à hora tardia do jantar.
Foi diferente e a surpresa do que encontrei encantou-me. Não estava à espera. Sei que sou básica, senti-me atraída pela história e deixei-me levar. Adorei ter ficado presa em casa.
“A morte de uma Senhora” de Theresa Schedel
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