Parece que estou outra vez em maré de gamanço.
Este post, roubadíssimo no Abencerragem, deteve a minha especial atenção.
Fez-me lembrar automaticamente dois amigos, a quem, como é obvio, enviei o link.
Caderninho
O poeta representa a imaginação por meio de imagens da vida e das situações e personagens humanos, põe-nas em movimento e deixa a cargo do leitor a tarefa de permitir que essas imagens ocupem os seus pensamentos, na medida em que os seus poderes mentais lho permitem. Por isso é capaz de dotar os homens das mais diversas capacidades, quer se trate de tolos, quer de sábios. O filósofo, por outro lado, representa não a vida em si mesma mas os pensamentos acabados que dela abstraiu e exige ao leitor que pense precisamente como ele e precisamente tanto como ele. Por isso o seu público é tão pequeno. O poeta poderá, desta forma, ser comparado a alguém que oferece flores; o filósofo com alguém que oferece a essência delas.
Arthur Schopenhauer
«Aforismos», de Parerga e Paralipomena (tradução de Alexandra Tavares)
posted by RAA
A um, porque uma vez me disse que escrevia o que via dentro da sua cabeça (mais ou menos assim, mas com muito mais sal) e que deixava ao nosso critério o que poderíamos entender. E este post fez o quadro exacto do que ficou daquelas palavras na minha cabeça.
A outro, porque a descrição de poeta me fez lembrar a sensibilidade das suas palavras e a capacidade de entendimento das minhas meias palavras e ainda, porque no outro dia as suas palavras caíram que nem flores nas minhas mãos.
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