quarta-feira, 5 de março de 2008

Tia Manané


Não há nada pior do que ter de se trabalhar quando não se está para ai virado e ainda por cima a tecnologia não ajuda. (A internet, está fora de serviço outra vez e não consigo aceder à VPN.)

Ora é o que me está a acontecer neste momento.

Hoje ainda por cima estou cheia de ideias, uma verdadeira idiota, que nem sei mesmo por onde começar.

Pelo princípio diria uma Tia minha. Uma Tia linda já velhota e doente que ontem foi visitar.

Esta Tia, não é só uma tia, é uma TIA. Era prima direita da minha Avó e sua grande amiga.

Foi com ela que aprendi a ser alegre. Histórias, musicas, danças, brincadeiras era mesmo com a Tia Manané.

Muitas horas boas passamos juntas.

Ontem fui vê-la, fazer-lhe um pouco de companhia, dar um bocadinho daquilo que ainda tenho para dar e tirar-lhe um pouco daquilo que tanto preciso de ter, referências.

O pouco tempo que lá estive deu para preencher um bocadinho da minha alma.

Relembramos adivinhas como:

Qual é o animal que acaba em i, sem ser o javali, o colibri e o sagui?
(o Boi)
Como é que se diz café forte numa palavra só?
(CAFÉ)
Músicas de criança:
“Sabiá, lá na gaiola fez um buraquinho voou, voou, voou, voou.
E o menino, coitadinho que gostava tanto do bichinho, chorou, chorou, chorou, chorou.”,
“O Balão do João”, “Os patinhos”, o “Sr. Barqueiro” sei lá mais quantas. Todas as que sei.

Ali estava ela, tal e qual a conheci.

Por momentos ainda tive esperança, de que saísse uma história da família, mas a “festa” já ia longa e as energias já estavam no limite.

Via-se o cansaço nos seus gestos, nos seus olhos tristes, nas suas palavras amigas e simpáticas.

Senti-me bem ao seu lado, prometi que a visitava outra vez. Saí de lá com uma vontade enorme de voltar e com um medo terrível de não conseguir cumprir com o prometido.


Esta visita fez-me bem.

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