Relacionamentos difíceis existem.
Mesmo entre duas pessoas que gostam muito uma da outra.
A bem dizer os outros nem me interessam. Nada mesmo. Mas os primeiros fazem-me muita aflição.
Quando é muito perto de mim, tenho dificuldades em compreender. Parece que as pessoas não fazem um esforço para se entenderem.
Afinal parece tão fácil estar frente a frente e desbobinar tudo, palavras, sentimentos, gestos, olhares, mimos. Parece tão fantástico viver as situações de coração e expor a alma, que não faz sentido não o fazer. Se assim for, e se o sentimento de amizade, amor, seja lá o que for, estiver lá, ele prevalece e fica mais forte.
Quando estou envolvida… Ui! Aí a porca torce o rabo.
Este blá, blá, blá, cai todo por terra.
Frente a frente era o que gostaria de ter coragem para fazer, mas nunca tive. Penso como, penso quando, penso em, penso que, mas coragem que é bom, nada. O tempo começa a passar, os assuntos começam-se a acumular e a ficar pendurados, criam-se situações mal resolvidas, o desconforto e a tensão aumentam e torna-se cada vez mais difícil o entendimento.
Uma bola de neve.
Sentarmo-nos frente a frente começa a parecer completamente impossível e surge um sentimento de incapacidade imensa, um medo que petrifica, fico pequena e insignificante, impotente e mesquinha, começo a ter sentimentos de culpa, a deixar andar as coisas.
2 comentários:
é verdade, Sum, há pessoas que estão tão absorvidos com os deveitos dos outros, que não vêem as trancas nos seus próprios olhos... :-)
inho
Verdade Júlia, ficamos cada vez mais longe uns dos outros.
:)
Beijinho Júlia
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