quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Que falta faz uma Mãe!
Já não é a primeira vez que me sinto oca. Oca, mas oca de oca. Sem reacção, sem pensamento, sem ser, sem alma.
Tudo me parece estranho, tudo me parece vazio. Nada faz sentido, nada tem significado, ninguém me alegra.
Sinto-me numa feira popular, sozinha sem direcção a entrar e sair de cada barraquinha colorida, onde tudo está animado e nada me toca. Aqui e acolá as músicas embrulham-se, as vozes fazem eco, as luzes atordoam e o carrossel continua a andar sem parar num corrupio monótono ao som de música de caixa. Gritinhos, cheiros de tudo, sombras, luzes e mais luzes, coisas a girar, pessoas a passar sem parar, encontrões ao ralenti com vozes que saem para dentro, de bocas que sorriem.
Sinto-me a entontecer e a rebentar.
Só me apetece correr. Correr sem parar até ao sol nascer. Correr com força até não poder mais.
É nestas alturas que as mães fazem falta. Tanta falta!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Ai, como eu gostava disto... obrigado pelos parabéns que deixaste lá no ninho. E por esta recordação! beijos.
Não tem de agradecer, foram merecidos.
Um Beijinho Huck
ai querida Sum, para que eu fui ler isto...
Um beijinho querida Júlia.
Um beijo grande, Sum. Passamos de filhas a mães, mas sentimos sempre a falta que elas ns fazem... como eu sei o que isso é!
Tenho a certeza que sabe o que é. Só não sabe mesmo quem não passou.
Um beijinho Ana.
Enviar um comentário