Hoje, olho à minha volta e nada me chama.
Procuro bem no fundo e não me encontro.
Saio de mim, viajo para outras paragens.
Vou parando e tentando sentir o pulsar,sinto mas não me revejo.
Não há cais que me abrigue,não há abrigo que eu adopte.
Hoje, a vida passou por mim,e eu não dei conta.
Não é tristeza, não é dor, não é felicidade, não é paz.
Não há emoção!
É tão sómente a vida a passar,como se só de um corpo se tratasse.
2 comentários:
Qualquer coisa destes seus pensamentos me fez lembrar algo, que eu anotei hà muito tempo e que acho muito bonito.
O tempo, Maud
o tempo não é como os cães de um trenó
que, à voz do dono, se detêm
O tempo não é como a Ursa Branca
que volta a cabeça para ver se a seguem os filhotes,
nem como o caçador
que volta ao igloo seguindo as suas próprias pegadas sobre a neve,
as pegadas que o vento já começa a apagar.
O tempo nunca se detém,
não olha atrás,
não regressa.
Eugen Jahra
"...O tempo nunca se detém,
não olha atrás,
não regressa."
Gostei desta combinação de palavras, define muito do que é o tempo.
O tempo de facto não tem piedade, não perdoa.
Obrigada M. Júlia, por me dar a conhecer estes dizeres.
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