Parte da minha vida é feita de cartas a quem eu gostaria de explicar todas as teorias filosóficas que estão por trás de cada um dos meus comportamentos e dos meus sentimentos.
Parece parvoeira, mas tenho uma necessidade enorme de as explicar porque só assim fazem algum sentido. As pessoas interpretam tudo à maneira delas e esquecem-se que existem outras visões, os medos, as vergonhas, os esquecimentos, os óbvios.
É difícil aceitar. É difícil fazer aceitar. Mas uma vez aceite tudo se torna mais fácil, mais respirável.
Só que, uma coisa é escreve-las outra é entrega-las. A grande maioria não é entregue, não chega ao seu destino ou melhor ao seu destinatário.
Às vezes pergunto-me porque é que as escrevo se sei que não as vou entregar. Vá-se lá saber os porquês?
Acho que nem eu própria sei ao certo.
Sei, isso sim, que me sossega escrever tudo o que me vai na alma.
2 comentários:
Percebo lindamente! Também tenho essa mania...
:) Ora bem, assim já me sinto melhor. Obrigada Azuçena e bom saber que não sou só eu!
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