Estive distraída por bastante tempo, tanto que nem me dei conta do dia ter passado. Hoje sim consegui estudar, pelo menos um bocadinho, pratiquei outro bocadinho e ainda tive direito a um momento de fim de tarde seguido de uma mini sesta à lareira
Sonhei! Sonhei um sonho deveras estranho. Uma estrada a direito, linda, cheia de árvores de um lado e de outro, copas enormes e densas a fazerem túnel. A estrada era tão comprida que não lhe via o fim. Eu andava, andava e não encontrava o que me levava a andar. Via lá no fundo um aparato estranho e muitas luzes azuis, mas o silêncio reinava, só se ouviam os passarinhos e os sons das folhas a abanar com o vento. Sentia-me tão longe e quanto mais andava mais longe me sentia e as luzes lá estavam, tão longe como quando tinha começado. Não conseguia lá chegar, não conseguia saber o que se passava, a preocupação aumentava a cada passo. Acordei sobressaltada e angustiada.
Irra… Que sensação de impotência! Que coisa tão estranha.
Não é costume sonhar com coisas assim por estas bandas. Por aqui, geralmente reina a paz, o silêncio, a calma, a doçura, a serenidade.
Não fora este sonho e o dia tinha-se passado como tantos outros por aqui.