domingo, 4 de abril de 2010
Observatório
Estar num café cheio de gente e ter oportunidade de observar as caras, os comportamentos, as conversas, os sorrisos, as idades, as obrigações, o brilho dos olhos, os olhares apaixonados, os sorrisos, os gestos de impaciência, a paz interior, a ansiedade, os que querem agradar e não conseguem, os que amam e são amados, os que estão chateados, os que têm a irritação estampada no rosto, a ternura, a paixão, a insatisfação e tantas outras coisas, faz-nos perceber que as vidas das pessoas são diferentes sim, passam por várias fases também, mas que em todos elas existem sentires que se assemelham.
Sabendo que a idade é relevante para cada uma destas fases, sabemos também que cada pessoa é uma pessoa e por isso aquilo por que uma pessoa passa na vida é que é verdadeiramente determinante no seu sentir.
Daí que quando nos sentamos, num sítio destes, a observar, nos venha à cabeça as nossas próprias vivências e sentimentos.
É um jogo tentar perceber em que fase está ou qual o sentimento de cada uma destas pessoas naquele momento ao mesmo tempo que nos apercebemos onde, quando e porquê aqueles sentimentos nos bateram.
E o barulho que tudo aquilo gerava? E perceber o porquê da escolha das mesas?
E ver que o comportamento de cada um condiciona o comportamento da envolvente! Esta então, foi a mais engraçada. A forma como os empregados reagiam aos pedidos dependia tão-somente de um sorriso, ou de uma cara feia.
Sentada naquele cantinho, fui vendo, cara a cara, comportamento a comportamento e assim se passaram alguns minutos valentes.
Meu Deus, quantos comportamentos diferentes e tão iguais.
… Um mundo!
Enfim há muito tempo que não me permitia a uma destas.
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2 comentários:
Observatório?... hum... voyeurismo, é o que é!... (muitos risos) ;-)
Não tanto... (risos) Essa foi de diabinho! :))
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