quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal IX - Amar



E como não há Natal sem amor, resolvi hoje falar sobre o que me faz mover na vida.

O amor.

Palavra, que me diz pouco, ou eu não pertencesse aquela geração que a Ana Vidal tão bem descreveu no seu post “dizer o Amor",mas sem o qual a vida não faria qualquer sentido.

Não sou poeta, não sou escritora, não sou cantora, não sou pintora, não tenho qualquer arte através da qual me possa exprimir, mas tenho uma enorme necessidade de o apregoar. Como? Ainda não descobri!

Dizer “Eu gosto de ti” é dar um pouco de mim a cada pessoa que gosto. Sabe-me bem afirma-lo. Sabe-me bem ouvi-lo. Quando ouvimos ou quando dizemos, selamos um compromisso de amizade que não é para todos. É selecto, é especial, enche. Só por si já é muito. Mas de facto não é “Amo-te”.

“Amo-te” é mais, é muito mais. “Amo-te” é quase indizível, faz-nos tremer, faz-nos rir, faz-nos chorar, faz-nos estar alerta, faz-nos sentir, faz-nos construir, faz-nos sonhar, faz-nos …viver.
“Amo-te”, dizer só não chega, preciso de o dar, preciso de o receber.

Fico fragilizada quando não o sinto, desprotejo-me quando o dou, desfaço-me, derreto-me quando o recebo. Mas ainda assim é dele e para ele que vivo.

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