sábado, 15 de novembro de 2008
Loucura
Hoje a minha viagem foi linda.
Saí às 21h30 de Lisboa, apanhei um bocadinho de trânsito na ponte e até ao famoso do Fogueteiro.
A partir daí a estrada foi toda minha. Mas quando eu digo que a estrada foi toda minha, foi mesmo toda minha. Nem um carro na minha frente a empatar. Nem uns faróis atrás de mim a encadear.
Música a bombear, lua cheia e os meus pensamentos a encher o carro. Já quase a chegar, começo a sentir o cheiro da minha Serpa, meio cheiro de flor de laranjeira, meio cheiro de lenha a arder.
O termómetro marca 5ºC, a lua está bem por cima a iluminar o meu caminho e num impulso louco, fechei as luzes (faróis) do carro... lindo, lindo, lindo…
A estrada apareceu muito direitinha com todos os riscos e linhas e muito bem iluminada bem na minha frente. Na berma, as árvores faziam sombra, tão bem delineadas que pareciam desenhadas, ou melhor recortadas e coladas sobre um fundo azul noite. No céu, viam-se as estrelas e até mesmo a via láctea. Lá estavam as Três-Marias, a Estrela Polar, a Ursa Maior…
Que passeio! Que estica. Quem diria que um dia eu tive medo de guiar.
Mais uns kilometros e saía um poema. Quase que arriscava!
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