Quando li este post achei genial, como em tão poucas palavras ele diz tudo o que eu gostaria de dizer, tudo aquilo que penso.
«DESCULPA (em sentido figurado)
Não gosto que me peçam desculpas, nunca gostei. Prefiro que se dêem ao trabalho de não repetirem os mesmos erros, as mesmas faltas, os mesmos delitos de sempre. Por isso mesmo, nunca peço desculpa. Desculpa-me, pois, que não te peça desculpa por não aceitar o teu pedido de desculpas.»
Insónia, do Henrique Fialho (23/8).
E mais, fez-me lembrar uma “coisa da vida” passada há já algum tempo atrás em trabalho. Houve qualquer coisa que correu menos bem e eu, muito rapidamente pedi desculpa.
E o Cliente, neste caso a, disse com um ar repreensivo:
- Desculpa… de quê? Nunca se deve pedir desculpa de se estar a tentar fazer as coisas o melhor que se pode. O facto de alguma coisa correr menos bem não implica que tudo tenha corrido mal. Pelo contrário, é da maneira que se consegue ver o bem por comparação. Para além disso, quando pedes desculpa estás a dar a pala de que as coisas não estão bem-feitas e que poderias fazer melhor. O que também não é o caso, pois não? E mais só não acontece a quem não o faz.
Engoli em seco e tentei nunca mais pedir desculpas por existir.
De facto senti o que ela me estava a dizer.
Assim eu diria:
- Desculpa-me, pois, que não te peça desculpa por qualquer coisa, que possa ter feito de mal sem dar por isso.
- Desculpa-me, pois, que não te peça desculpa por qualquer mal entendido que possa ter havido.
- Desculpa-me, pois, que não te peça desculpa por não ter coragem de te confrontar e de te perguntar o porquê de tudo, o que eu sei, que estamos a passar.
- Desculpa-me, pois, que não te peça desculpa por te pedir, claro que por cobardia minha, que me confrontes e me digas o que está mal. Que converses comigo sobre todos os assuntos que nos prendem a razão e que de alguma forma nos magoam a existência.
Não faças como eu, não deixes de falar, não tentes ignorar a situação, não me ignores. Tira do ar esta sensação estranha de que tudo está mal.
- Desculpa-me, pois, que não te peça desculpa...
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