quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quereres


Hoje acordei a pensar no que são quereres e vontades e quais são uns e quais são outros, que diferenças existem entre uns e outros, de onde vêm, porque vêm, porque nos fazem sentir tantas coisas contraditórias, porque não se entendem, porque é que têm de ser diferentes?

Acordei irritada e quase a gritar “CALA A BOCA PENSAMENTO, OU ENFIO-TE UMA FACA!” Deixa-me pelo menos dormir descansada.

Já falei tanto sobre isto que já chateia. Não gosto de estar sempre a pensar nas mesmas coisas. O certo é que eles não me saem cá de dentro…

O Sonho dizia-me que existem “queres” contraditórios. O que queremos de coração e o que queremos de razão. Ambos são quereres. Os que nos dizem sê razoável não vás atrás e os que nos impelem para a “desgraça” e dizem luta pelo que queres.
Só que uns são inimigos dos outros. Uns dizem sai, outros dizem fica. Uns arranjam desculpas para sair, outros álibis para ficar. Fica deveras complicado decidir qual dos dois podemos seguir, já que um não é compatível com outro. Às vezes ficamos tempo demais a acreditar no que não é! E, a ajudar temos sempre os indicadores externos.

O facto é que já vi muita coisa e sei o que não QUERO ver em mim, mas também sei que não QUERO ser orgulhosa a ponto de perder aquilo que poderia ter, como já aconteceu tantas vezes.

Verdade verdadinha é que sei, de antemão, que o primeiro sai sempre a ganhar porque uma das coisas que não QUERO ver nem ser é “pedinte”. Não QUERO ser, nem vislumbrar qualquer coisa que se possa parecer com isso. Não QUERO nem sequer essa coisa perto de mim, nem ligado a mim, seja de que forma for, seja no que for ou de quem for. Só a ideia me repudia, mete-me nojo, arrepia-me. Não suporto a ideia de “pena”. É de todos os sentimentos aquele que mais me aterroriza. É perca total de dignidade. Este é um querer meu muito, muito, muito forte. De tal maneira forte que às vezes é doentio. Na dúvida retiro-me e fecho-me.

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