domingo, 9 de maio de 2010

Que assim seja!


Pronta para substituição?

Não sei!

Nesta vida, estou convencida que as coisas não acontecem por acaso.

Neste momento de grandes transformações boas na minha vida, tinham que vir aquelas que me moem, me tiram o sono, me magoam.

Entre todas as coisas boas, vêm sempre as coisas más.

Ou melhor, elas não são supostamente más, simplesmente vão contra a minha vontade, vão contra tudo o que eu um dia imaginei. Pensando de pensar, acabam por ser tristes, por me deixar mais sozinha. Mas de certa maneira consigo perceber, ainda que muito vagamente e ao longe, que não passam da lei natural da vida.

É por estas e por outras que eu digo sempre, que a vida nos passa por cima vezes sem conta, inesperadamente e quantas vezes abruptamente.

Não, não falo de morte. Esta é uma morte diferente da morte. É uma morte viva, lenta, sofrida, arrancada.

Mas eu sei que, mais tarde ou mais cedo, vai haver uma substituição!

Substituição!

Não, não posso utilizar esta palavra! O que vai existir é tudo menos uma substituição. É uma espécie de tentativa de recompensa. Nada é verdadeiramente substituído nesta vida. É uma espécie de doce. Perde-se um ganha-se outro.
Será que lhe posso chamar de “retribuição de perda”?

O problema é que nem sempre ela é visível aos olhos das pessoas. Damo-nos conta da perda, raramente nos damos conta das “retribuições de perda”. Essas aparecem aos nossos olhos mais tarde, quando já livres da dor, nos conseguimos por em pé e ver de cima.

Mas, que podemos nós fazer?

Que assim seja!

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