quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Olhei para tras e apanhei um susto


Bem! … Comecei a ver as “mensagens” que tinha para trás e apanhei um susto.

1º Tantas coisas escritas pelos outros e nada escrito por mim.

Não era esta a intenção.

Bem sei que, nunca fui dada a estas andanças, de qualquer forma era bom começar a desemburrar, e escrever qualquer coisita para começar a pôr novamente as ideias em ordem.

É bastante mais fácil identificar os nossos sentires nos dizeres dos outros se bem que não deixa a cabeça sair muito dos limites dos pensamentos alheios. Está mal! Mal, porque embora me possa identificar com essas ideias não são totalmente as minhas. Nem na forma nem na ordem. Difícil de perceber? Para mim também.

2º Cadê aquela chama?

Onde está a força dos meses anteriores? Onde esta aquela vontade de reaprender a viver e de dar importância ao que é importante?

Hha! Parece que houve aqui uma paragem. Breve. Muito breve. Tão breve que já passou.

Porque sonho em ter umas mãos que me levem para onde eu quero ir, e ponho nessas mãos toda a minha esperança de vida? E quando isso não acontece. Morro por todos os lados.

É isso mesmo, quando se arranja um par de muletas, andar por momentos parece mais fácil. Mas logo de seguida aparecem as bolhas nas mãos e compreende-se que nada como andar pelos nossos próprios pés, pensar com a nossa própria cabeça e agir com a nossa própria consciência. É ser. É existir. É mais Verdadeiro. É difícil, mas compensa.

O ser humano é de facto muito bem pensado e acabado. As forças aparecem quando têm de aparecer, as lágrimas secam quando têm de secar, os punhos erguem-se, arregaçados e de mãos cerradas quando assim tem de ser.

As cicatrizes, essas ficam. Marcam a nossa existência e a nossa vivência. E são elas que nos dão a medida da intensidade vivida.

E fico por aqui.

Um passo sozinha, uma etapa cumprida, uma alegria vivida, um sorriso nos lábios e a certeza de que, como este vai haver muitos.

Sem comentários: