De tanto querer passar a simplicidade do que sinto, complico
a minha existência.
As vezes embrenho pelos ouvidos.
Dizem vezes sem conta, as
vozes da sabedoria, que devemos dizer e
fazer e pôr e tirar e isto e aquilo, frito e cozido... Ahh e tal, deves fazer
hoje o que não sabes se consegues fazer amanha, tens de arranjar forma de fazer
ver às pessoas de quem gostas o quanto gostas delas, e precisas delas, fala e
impõe-te enquanto podes e consegues, enquanto o tempo te permite, devemos fazê-las
felizes por serem quem são, e sentirem-se amadas e queridas...
Não esquecendo, naturalmente, que este tipo de comportamento também me faz sentir bem e feliz, afinal de contas é bom poder dizer e fazer o que nos vai na alma.
E claro está, sendo quem sou quero ouvir tudo e todos e chegar a todo o lado (sou um
bocado loira, é verdade) e faço das tripas coração, para chegar onde sei que consigo e
posso, tenho dito o que quero por quem
passa por mim, também porque sempre
acreditei e tenho o grande lema de que: “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” (Antoine de Saint-Exupéry).
O problema é que o ser
humano não está formatado para este tipo de existência e comportamento, muito
mais nos nossos dias e, por isso, tenho a maior dificuldade em me fazer
entender e fazer as pessoas acreditarem nas minhas verdadeiras intenções. Vai
que, acreditar nas minhas missivas ainda fica mais difícil.
Às vezes dá-me para rir com a reacção, outras vezes fico
sem saber o que fazer ou dizer, mas o pior mesmo é quando fico com a sensação de que não
devia ter feito ou dito. Sinto que compliquei a minha existência.
O meu jeito para explicações sempre foi nulo, a argumentação
é do piorzinho que anda por ai, por isso em caso de “guerra” fecho a boca e o assunto vai morrendo, com tudo o que isto possa implicar .
Já pensei também se tudo isto não passa de, afinal não ser
assim “tão simples” e que no fundo quero dar, para ir a tempo de receber...
Bem... Na volta!...
Todo o comportamento espera outro. O tempo ditará a sua justiça.
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