quarta-feira, 21 de março de 2012

Brincar!

Hoje dei por mim a brincar. 
A brincar com o cão, a brincar com as crianças, a brincar com as palavras e inclusivamente a brincar com os meus amigos. Brinquei quando fui às compras, meti-me com os velhinhos na rua, desafiei-me a mim mesma e ri-me dos meus disparates. 
Deve ser da Primavera. Senti uma necessidade enorme de brincar e permiti-me. O dia ajudou. Esteve um dia bonito, apetecível, cheio de sol.
Hoje, talvez por ter acordado a sentir-me bem comigo, aguentei o peso de não querer saber se sou bem vista ou mal vista, se sou bem ou mal interpretada, se estou ou não a fazer de burra palhaça, se parecemos ou deixamos de parecer o que quer que seja.
Hoje apeteceu-me brincar e brinquei.
É bom brincar. É um habito que se perde ao longo da vida e que tanta falta nos faz. Não nos permitimos a isso no dia-a-dia, o que diga-se, é uma pena muito grande. 
Faz falta soltar a criança que há em nós. Eu sei que esta é uma frase um bocado feita, daquelas que chegam a ser possidónias, mas o facto é que o nosso corpo envelhece mas na nossa cabeça nós continuamos a ser quem sempre fomos. Eu gostava de ter sido sempre criança, de não ter de pensar muito sobre as coisas e avançar sem consequências, não sendo possível eu gostava de crescer levando sempre um bocado de mim atrás, hoje e sempre, até à minha morte. O meu lado criança.

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