Agora sim, já percebi que uma coisa é
pensar com a cabeça outra é pensar com o coração. Custou a chegar aqui.
O coração fechou temporariamente e a cabeça entrou em modo mute.
O coração fechou temporariamente e a cabeça entrou em modo mute.
A razão é simples, pura defesa. Quando
se sai de um quadro lindo mas sofrido, em que o coração manda na cabeça e não a
deixa em paz com os seus “ses” e “mas”, quando se quer tudo menos entrar outra
vez numa espiral sem retorno aparente, quando se está nos limites, com um
pé fora e outro dentro, quando finalmente o coração apesar de sofrer já
consegue ter paz, aquela que não existia há muito... Então, a cabeça aproveita
e aciona o tal modo mute.
Tudo quieto! Não vai lá atrás, não tenta ir lá a frente, não inventa, não faz
filmes, não cria expectativas.
A intensidade de viver baixa
drasticamente. A beleza da vida diminui, mas o coração para de sofrer, tem o
descanso merecido.
Se é bom? Pois não sei, é no mínimo
descansativo! Se é mau? Pois que também não sei, não se sente a vida, ela passa-nos
por cima.
Sabemos que ela anda algures por
aí, que tem um montão de coisas fantásticas para nos dar, mas o medo de sofrer
é maior. Muito maior.
Depois de tudo bem percebido e encaixado, o que se tem a fazer é deixar as
coisas correrem.
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