segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Perder

Sinto a alma apertada
Confinada ao espaço da decisão
Resistir é a sentença
Sofrer  é a consequência
De cabeça perdida
Fecho os olhos
Deixo-me levar pela brisa do mar
Dançando bem devagarinho
No compasso de cada onda que rebenta
Os braços abrem-se suavemente
Na esperança do passo
Num pedido desesperado
De aquietação
Mas os pés que deslizam sob mim
Rodam leves esta dança
Levando-me direitinha ao pensamento
Que rodopiando e sorrindo
Fazem uma vénia e avançam
Arrancando-te de mim

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