Sinto a alma apertada
Confinada ao espaço da decisão
Resistir é a sentença
Sofrer  é a consequência
De cabeça perdida
Fecho os olhos 
Deixo-me levar pela brisa do mar
Dançando bem devagarinho 
No compasso de cada onda que rebenta
Os braços abrem-se suavemente
Na esperança do passo 
Num pedido desesperado
De aquietação 
Mas os pés que deslizam sob mim 
Rodam leves esta dança 
Levando-me direitinha ao pensamento
Que rodopiando e sorrindo
Fazem uma vénia e avançam
Arrancando-te de mim
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