segunda-feira, 5 de julho de 2010

O que nos vai na alma


Tenho escrito sim. Tenho escrito o que me vai na alma e nem sempre o que nos vai na alma é passível de ser escrito ou melhor lido. Às vezes é trapalhão, é contraditório, é muito nosso. Outras vezes é sem palavras, é só assim. E quando é só assim não há maneira de explicar. Saem palavras soltas, pensamentos rápidos, inconstantes, variáveis, infiéis, muitas vezes nem a verdade são, outros que nos assustam de tanta verdade não pensada, não assumida. Mas ainda temos a versão: escrever como se tudo nos estivesse a passar ao lado, como se fossemos tão burras que não soubéssemos que um mais um são dois.

E por tudo isto hoje vou fingir que não escrevi.

Hoje não escrevi nem para mim.

2 comentários:

Mike disse...

Não escreveu mas nós lemos. Ou treslemos, como dizia o nosso querido Mário Quintana. Está uma expert a desconversar, menina Sum. ;-)

sum disse...

ora! Não tendo quem me ajude, tem de ser mesmo sozinha! Não é verdade (risos)