terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Um Poema Pequenino
Dentro de mim choro
Não a tua morte
Que não morreste em mim
Mas a morte de mim em ti
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Suspense
Dor latente
Mente dormente
Pensamento vergado e calado
Esperança guardada
Esperança guardada
Desejo adormecido
Expectativas encerradas
Até a alegria é comedida e contada
E a tristeza está à porta fechada
A ver se não sai
Tudo em compasso de espera
Assim me sinto no meio desta baralhada
Onde não há frio não há amor
Não há vazio não há dor
A chuva bate mas não molha
O sol quando aparece não aquece
Mundo este despido de frio
Onde o dia antecede a noite
Tudo em compasso de espera
Assim me sinto no meio desta baralhada
Onde não há frio não há amor
Não há vazio não há dor
A chuva bate mas não molha
O sol quando aparece não aquece
Mundo este despido de frio
Onde o dia antecede a noite
E a noite vem a seguir ao dia
Numa sucessão de dias sem luz
Numa sucessão de dias sem luz
O que vem a seguir não sei
Só a Lua é uma certeza
Neste universo de incertezas
Mas até esta está nua
E envolvida num manto de sombras
Disfarce único e irredutível
Imposto pelo pudor
Sobra a doce luz do seu sorriso
Que foge através das dobras
Lançando lianas bem fortes
Para me poder resgatar
E seja lá quando for
Guardar a minha alma dorida
Entregar-me o meu sorriso
Envolver o meu corpo
Num abraço de conforto
Devolver-me a alegria e a paz
Que um dia me foram tiradas
domingo, 19 de dezembro de 2010
“Perdida em Pensamentos”
Mais um dia, mais uma folha em branco mais um bloqueio mais um obstáculo a vencer.
De palavra em palavra vai-se construindo a ideia até ter uma forma que nos satisfaça.
Primeiro tenho a dificuldade da ideia. Muitas vezes não há, outras tenho tantas que não sei por onde começar.
Depois vem a dúvida. Será que é, será que não é.
Depois vem o grande problema que é a sua descrição. E é aqui que a porca torce o rabo. Vezes sem conta que as coisas me saem tão diferentes daquilo que foi a minha ideia inicial. Tudo porque quando se pensa sobre uma coisa por alto tem-se uma lógica que desaparece quando se começa a pôr no papel e a fazer ligações. É o que hoje em dia chamo de “pensamento concreto” e “pensamento abstracto”. Isto sou eu, a ignorante, a chamar nomes a coisas que já os devem ter… Facto é que eu lhes chamo assim.
Neste contexto, já vi a minha cabeça dar voltas de 180 graus quando não de 360. É importante perceber, quando se fala das nossas percepções, que nos podemos estar a enganar a nós próprios em pensamento abstracto, de tanto que queremos ter razão. Mas quando chegamos aqui, ao papel e começamos a debitar percebemos que dois mais dois, não são cinco nem três, são 4 e não há volta a dar.
Há ainda outra coisa muito importante que é ter a noção de que a importância de fazer uma conta hoje não é a importância de fazer uma conta amanha ou ter feito outra ontem, mais precisamente, hoje preciso de a fazer amanha talvez não.
Outra variável é ainda o facto de que hoje é preciso fazer dois mais dois e ontem foi preciso de três mais dois.
O pensamento é matemático e temos tantas variáveis quantas as que se quisermos lá pôr, por isso temos tantas contas por fazer e por desvendar a nosso respeito quantas as que quisermos e precisarmos.
Mas… pensamento é uma coisa, sentimento é outra… quantas vezes, mesmo sabendo que dois mais dois são 4, sentimos cinco ou três!
E pronto já compliquei tudo outra vez…
Este é provavelmente o efeito novelo, que tantos homens apontam como sendo o grande “problema” das mulheres… e que eu chamo de “perdida em pensamentos”.
Eu ando permanentemente “Perdida em Pensamentos”.
sábado, 18 de dezembro de 2010
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