Por muito que saiba que não devo, que não posso e que não
quero que isso aconteça, aconteceu.
Ressenti-me, senti-me ou sei lá como é que
se chama a isto que sinto.
Um misto de tristeza, ansiedade, raiva,
desconfiança, medo, insegurança.
Um verdadeiro cocktail sentimental.
Os escudos nem sempre são bem-sucedidos, nem sempre
funcionam, em certas alturas do ano as defesas estão reduzidas, os sonhos falam
mais alto, ficamos bem mais vulneráveis e pimba… Em suma as barreiras não foram
suficientemente resistentes. Assunto a rever minuciosamente e com muita calma
no ano novo que se aproxima.
Mas o pior mesmo é o que sentimos, não temos como
reclamar, por onde estrebuchar, com quem conversar e muito menos com quem descarregar porque são efectivamente
só, e tão só, da nossa responsabilidade.
São sentimentos solitários, que custam a digerir.
De um momento para o outro encontramo-nos num deserto
imenso, perdidos em pensamentos a tentar desamarrar as cordas com que nos
enrolámos.
A única atenuante é saber que acontece com qualquer um e que, aquela máxima “Quem não se sente não é filho de boa gente” é capaz de ser mesmo verdade e
isso faz-nos sentir um bocadinho melhor.
Pelo menos somos “boa gente”.
2 comentários:
Ah pois somos! ;)
:) Verdade!
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