A nossa qualidade de vida depende muito de como estamos nela e de como a
conseguimos ver. Nuns momentos é de uma forma, noutros é de outra, há dias mais
felizes e dias menos, há fases e fases, há momentos.
A vida é uma linha recta que quando se começa não há forma
de dar a volta e voltar atrás, mas há certamente forma de lhe dar a volta e
seguir em frente.
Não é a toa que se diz que só damos valor às coisas quando
as perdemos.
A vida geralmente dá-nos uma segunda hipótese na sua
sequência.
Este momento chega quando nos confrontamos com a morte, seja
ela de que maneira for. É aqui que percebemos finalmente o quão importante ela
é, e tudo o que ela nos pode dar. Numa
primeira fase o mundo cai-nos em cima, mas a seguir à tempestade vem
a Bonança. Deixamos finalmente de dar importância a coisas que anteriormente
seria impensável, passamos a ser muito mais selectivos nas nossas escolhas e
companhias, não compramos guerras, damos muito mais atenção à beleza que nos rodeia,
passamos a contar mais connosco próprios. Finalmente faz-se luz e voltamos a
nascer.
É claro que tudo se intensifica, os sentidos ficam à
espreita, os instintos amadurecem, os sentimentos ficam à flor da pele, as
emoções são mais fortes, o choro fica fácil
e as gargalhadas soltam-se aos sete ventos. Os medos antigos atenuam-se, as
palavras saem com outra sabedoria, os pensamentos fluem noutras direções.
Mas nem tudo são rosas, os picos existem, os medos são
outros, a facilidade de lidar com eles é que muda.
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