terça-feira, 2 de abril de 2013

O que for, quando for, é que será o que é.

 

Não é costume repetir posts, mas com a chegada da Primavera, com os sonhos que tenho tido e tudo o que neste mês se passou é caso para isso.
Lá vai:

"O que for, quando for, é que será o que é"  - Será que há palavras melhores para dizer que tudo tem uma hora, tudo tem um dia, tudo tem um preceito, o que for será e contra isso nada há a fazer e que, independentemente do que se passa connosco, o mundo continua a girar e o Sol continua a nascer todos os dias?

 
"Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.  
O que for, quando for, é que será o que é. "
(Alberto Caeiro)

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