Há dias em que tudo é claro. O que é importante e o que não
é, o que queremos e o que não queremos, o que precisamos e o que nem por isso,
quem queremos ao lado e quem queremos longe, quem se poe ao fresco e quem está
verdadeiramente do nosso lado, quem se preocupa e quem só olha para o seu
umbigo.
Desilusões… Ou nem por isso, somente a aceitação do que é e, confesso, até com uma certa indiferença.
O tempo vai passando e os ensinamentos vão-se acumulando. A
vida ensina-nos que acreditar no ser humano, vai sendo cada vez mais difícil.
Não é triste, é a vida! Não adianta chorar sobre os factos,
adianta não esperar das pessoas, aquilo que elas não são capazes ou não querem
dar.
No entanto, aprendi que, aquilo que os
humanos não conseguem dar, os animais encarregam-se de o fazer de uma forma
incondicional e absolutamente verdadeira. É o verdadeiro “até que a morte nos
separe”.
Infelizmente eles separam-se de nós muito antes do que
gostaríamos e deixam-nos o sabor amargo na boca de não ter conseguido chegar aos
calcanhar em tudo o que tínhamos para lhes dar e uma saudade eterna do seu
gostar puro, duro e incondicional e da sua companhia insistente, persistente e
até por vezes obstinada.
Vou morrer de saudades!
Vou morrer de saudades!
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