Há sempre outra maneira de ver a vida.
O grande desafio é tentar descobrir esse outro lado.
É raro chegar-se lá sozinho, mas entre amigos,
leituras, meditações e algum treino, nada que não se consiga.
Hoje descobri este texto:
“Podes chorar por ela ter partido, ou podes sorrir porque
ela viveu.
Podes fechar os olhos e rezar para que ela volte, ou podes
abri-los e ver tudo o que ela deixou.
O teu coração pode estar vazio porque não a podes ver, ou
pode estar cheio do amor que partilharam.
Podes virar as costas ao amanha e viver o ontem, ou podes
ser feliz amanha por causa do ontem.
Podes lembrar-te dela apenas porque partiu, ou podes guardar
a sua memória e deixa-la viver.
Podes chorar e fechar a tua mente, tornar-te vazio e virar
as costas, ou podes fazer o que ela gostaria que fizesses: Sorri, abre os
olhos, ama e segue em frente”
Não sei de quem é, mas fez-me sorrir e perceber o outro lado
de tudo aquilo que eu estava a sentir.
A partida seja de quem for que tenha feito
parte da nossa vida, tem o seu lado muito bom que é composto de todos os momentos em que esteve presente e é dando vida ao que aprendemos e
ao que vivemos em conjunto nesses momentos, que a nossa própria vida começa a fazer sentido.
O
português correcto falha-me nestas alturas, mas que se lixe o português, fiquei
feliz com a descoberta.
É legitima a tristeza, é legitima a falta que nos faz, é legitimo o
vazio, mas é legitimo também tantas coisas boas vividas, tantas alegrias, tanto
preenchimento, tanto amor. Todos sabemos que nascer significa um dia morrer e que é
no meio de um e do outro que a nossa vida enriquece e toma corpo.
Lá vem a minha frase de eleição e, desta vez, com outro
sentido ainda maior:
“Aqueles que passam por
nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de
nós. “
Antoine de Saint-Exupéry