Há dias em que me
apetece romper com tudo e com todos.
Rasgar, gritar, quebrar, partir, bater com portas, fechar janelas e ao mesmo tempo esperar, bem lá no fundo que alguém nos venha resgatar.
Nestes dias põe-se a vida inteira em causa e questiona-se tudo.
As ligações com o mundo exterior parecem-nos falsas e ficamos com a sensação que tudo falha nos momentos menos próprios.
Aquela famosa frase “apetece-me largar tudo e ir para a China” faz todo o sentido.
Mas também faz todo o sentido que haja quem nos prenda e nos diga que fazemos tanta falta como a falta que estamos a sentir.
Utopias!
É frustrante quando nos damos conta que não fazemos falta a ninguém e que a vida continua independentemente da nossa existência ou da nossa presença.
E com esta, ficamos a ranger os dentes... e a congeminar no que podemos fazer para chamar a atenção.
Pois é, o tempo passa e temos cada vez menos atenção com o sentimento que merecemos e precisamos cada vez mais. Entramos em deficit.
Que nostalgia dos dias em que fazíamos uma birra e no mesmo instante aparecia um ente querido, para nos dar mimos e dizer aquelas palavras que tantos nos faz bem ouvir.
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