quarta-feira, 2 de junho de 2010

Detesto Injustiças


Detesto injustiças.

Detesto incumprimentos. Detesto faltas de carácter. Detesto tudo o que tenha a ver com todas estas coisas. Fico revoltada, enjoada, mal disposta mesmo.

Eu sei que a palavra detestar é forte e não se deve usar assim. Mas injustiças…

Não, não há outra forma de definir o que sinto se não a palavra - Detesto.

Detesto tudo o que me faz ficar indignada com a vida, que me faz sentir triste, que me faz sair de mim e pensar mal das coisas. Detesto sentir-me desprotegida, atingida, revoltada, ferida.

Detesto! Detesto! Detesto…

Injustiça é ser roubada, mas pior, porque é ser roubada por pessoas supostamente de confiança, em quem se acreditou. É ser literalmente enganada, atraiçoada. Pior ainda, porque não é roubada de coisas materiais que não valem nada, é ser roubada na nossa boa fé, na nossa alma, nos nossos sentimentos. É mexer com todos os nossos valores, em tudo o que acreditamos.

Injustiça não se ultrapassa nem se esquece. Fica e mina a convivência, deixa um gosto amargo na boca. Acho que nem é amargo é ácido mesmo! Deixa-nos uma vontade ardente de vingança. E vingança é uma coisa que me atormenta, me assusta. É um pensamento maquiavélico, diabólico, maligno.

Definitivamente, não gosto nem um pouco de todos estes pensamentos que me passam pela cabeça sempre que me deparo com injustiças. Decididamente não fui feita para enfrentar este tipo de comportamentos, ou lá o que se pode chamar a uma coisa destas. Mas o que me consome mesmo são os minutos perdidos em devaneios, que nunca vou conseguir repor, a pensar mal e sentir-me mal. Os minutos são preciosos, não voltam atrás, não se revivem, perdem-se.

Injustiças despertam nas pessoas o pior que elas têm e que passam uma vida a tentar melhorar, atenuar, remediar e ou erradicar.

Injustiças é do pior…

"A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos."

Barão de Montesquieu

2 comentários:

Anónimo disse...

Caramba, Suntas, eu não diria melhor! Sei tão bem o que é sentir-se mal tratada, injustiçada. Foi assim que me senti. E, às vezes, ainda sinto. Lamento o que sentes, é muito mau, eu sei.
Beijo,
Cristina PM

sum disse...

Cristina,
Calha a todos, sem excepção e na vida sentimo-la mais do que uma vez.

E como diz Alberto Caeiro é melhor acordar com alguma sensação do que acordar sem sensação nenhuma ainda que esta seja de pena de mim propria:

"Todos os dias acordo com alegria e pena.
Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava."

É difícil de passar por estas situações, mas sabemos que o tempo tudo cura e por isso nada melhor do que deixa-lo actuar.
Obrigada na mesma pelas tuas palavras, são sempre bem vindas. :)