sexta-feira, 5 de março de 2010
Coisas minhas
Há coisas, pessoas, momentos e palavras que eu sinto como minhas e só minhas.
São coisas que têm a ver com as minhas recordações, com as minhas vivencias, com as minhas emoções com a minha sensibilidade, com a minha cabeça, o meu coração e a minha alma.
São coisas minhas e só minhas porque por mais que eu tente contar nunca ninguém vai conseguir perceber nem sentir o que eu alguma vez senti, ou compreender o que eu alguma vez compreendi, ou sonhar como alguma vez eu as vivi. Isso faz com que essas coisas, essas pessoas, esses momentos, essas palavras sejam minhas e só minhas
Por outras palavras, essas coisas foram, são e serão minhas, independentemente de algumas já nem existirem, já terem morrido, já não serem ou de já não as sentir. Dentro de mim todas elas têm um valor muito especial e sempre terão, quanto mais não seja por serem uma parte de mim.
Mas também é certo que tudo o que senti e vivi, são coisas que ficaram lá. Lá, onde estão e onde sempre estiveram e de onde nunca deverão sair sob pena de se perderem e de deixarem de ser os meus sonhos bonitos.
Não há nada a temer. Não estou a procura do antigamente, até porque ele já não existe. O que eu conheci, não é certamente o que está aqui hoje. Mas são, com toda a certeza, coisas pelas quais eu tenho um carinho muito especial, independentemente do que se tornaram.
Será que um dia alguém vai entender tudo isto? Será que quem fez parte de todas estas coisas um dia, se eu disser vai perceber, guardar, cuidar e proteger tudo o que estou a dar? Será que conseguirá perceber que o que dou é o bocadinho de mim onde cada coisa e cada pessoa é especial?
Gostaria de pensar que sim.
Não sei o que me deu para escrever isto hoje. Talvez porque hoje acordei neura, neura como há muito tempo não estava. Deve ser do tempo. E quando assim é, vou ver o mar e quando vi o mar …
Pois é, hoje estive lá algum tempo a ver os pingos de chuva a cair nas ondas e a pensar que os meus pequenos problemas são como os pingos de chuva. Eles são tão pequenos que quando caem nas ondas deixam de se distinguir de tantos outros e isso fez-me ver que eles são muito pequenos em relação aos do mundo! Soube-me bem.
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