quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Tempestade
A Tempestade que me assola hoje é grande.
Não sei quanto tempo vai demorar ou mesmo se algum dia vai passar.
Não sei quais os estragos que vai provocar se são irreversíveis ou não.
O tempo o dirá.
Não consigo medir a intensidades dos ventos, o tamanho das ondas, ou a quantidade de água derramada.
A tempestade quando cai, não cai só para alguns. Cai para aqueles que nela ficaram debaixo.
Não depende de nós o tempo que nos fustiga, mas depende de nós, o abrigo que conseguirmos arranjar.
Nesta fui apanhada desprevenida, o abrigo é fraco e deixa entrar o frio que sinto, o vento que me açoita e a água que me escorre pelo corpo. Mas é assim que aprendemos a ser mais fortes e a escolher os nossos abrigos, pois são neles que nos protegemos, que nos resguardamos, nos aconchegamos e nos sentimos mais, ou menos seguros.
Hoje sinto-me como o porquinho preguiçoso, que acreditou na vida e não se protegeu, não se escudou.
Amanha se a tempestade se acalmar vou começar a construir a minha casa de tijolo. E se a tempestade nunca passar pelo menos vou poder descansar e sossegar um bocadinho. Se ela passar, uma certeza eu vou ter é que nunca mais me vai apanhar novamente desprevenida e sem abrigo.
Estas são as verdadeiras consequências das tempestades que passam pelas nossas vidas. Os escudos são levantados ao menor sinal de alerta.
Mas acredito plenamente que depois das tempestades vêm as bonanças. E que os boletins metrológicos são cada vez mais sofisticados e nos dão os sinais de alerta com a antecedência suficiente para nos protegermos e que estas desgraças fazem os povos ficar mais fortes, unidos e solidários e que a reconstrução é feita com bases mais sólidas, técnicas mais duradouras e resistentes.
Neste momento preciso de acreditar que assim seja.
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