terça-feira, 20 de maio de 2014

Quando só ser não basta!

Consigo ficar surpreendida com o que escrevi. 
Li e gostei. 
Amanha não sei se vou gostar. 
E fui lá atrás novamente,
Quando o que era foi,
E descobri a solidão de um amor calado.
Fui caminhando lentamente
pela estrada do passado e vi,
Que eu só ser não bastava.
Eu era, mas para quem era, não era.
Hora errada.
Restou o que ainda sou,
E sempre serei
O que senti e dei.
Fica a serenidade
Do que fui,
E a clareza do que entreguei.
Cai agora a certeza,
De que sou e serei
Quis, quero e darei,
porque o que eu era,
Era e serei,
E o que dei ficou.
Ficou cravado na pedra.
(SUM)

terça-feira, 13 de maio de 2014

Cabe a mim decidir entre rir ou chorar

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“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”
Cora Coralina

Lições de vida são o que a vida nos dá todos os dias. A aprendizagem é constante e mesmo quando achamos que já sabemos muito e que a cadência vai diminuindo, lá vem outra e mais outra e mais outra!

Não diminui coisa nenhuma.

Esta foi a última que aprendi: Mesmo na tristeza, na dor, no sofrimento, na saudade podemos rir e lutar, basta que seja essa a nossa decisão. 

Vontade? Essa... Essa nem sempre existe, é sempre mais fácil ficar encostados no chove e não molha ou usar muletas. É fácil ter pena de nós, viver na ilusão, fantasiar, alimentarmos a imaginação, é fácil arranjar desculpas para adiar decisões, iludir-nos com falsas felicidades, fingir que está tudo bem quando sabemos de antemão que tudo não passa do que queremos ver, do que queremos tanto sentir ou experimentar. Arranjamos mil desculpas, mil indecisões, mil inseguranças, mil incertezas, mil desconfianças. Desconfio que... E arrisco mesmo dizer, que são pedidos de consentimento para as nossas não decisões, verdadeiras chamadas de atenção. Quais pedidos de socorro ou sinais de fumo.

É como tentar dividir uma coisa que não é divisível. Pedir o que não é passível de ser pedido.
Mais cedo ou mais tarde, teremos que avançar com a decisão correcta e, ela tem de ser nossa e só nossa e quanto mais rápida for mais cedo nos livramos dos efeitos de não a tomarmos.
Assim ser feliz ou infeliz vai muito do que queremos para nós. Em todas as fases do processo de decisão.
Decidir que precisamos de sorrir, decidir que queremos rir, rir e por ultimo, olhar para trás e dar um gargalhada cheia de vontade.

Não, não é fácil. Mas de uma coisa tenho a certeza, para aprender é preciso por em prática e posto na prática percebemos que custa menos, mas muito menos mesmo do que pensar em faze-lo.

Sempre ouvi dizer que quem pensa não faz, porque pensar implica esmiuçar a situação, perceber os prós e os contras, as coisas boas e coisas más, as que fazem sofrer e as que nos fazem dar um sorriso mesmo doendo, fora aquelas que só implicam coisas más numa primeira fase. Não é animador. Mas é necessário avançar.

E, nada melhor do que perceber, que apesar de tudo se pode e deve continuar a sorrir, mesmo que se tenha o coração apertado de dor. Um dia a dor passa e fica a áurea do sorriso que se teve, em forma de gargalhadas.