sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Coração/Um Santo Natal


Um dia achei que o dia de Natal era para passar na companhia de todas as pessoas que eu mais gostava!
E, no dia em que isso não aconteceu o meu coração morreu um bocadinho e eu chorei até ser dia.
Alguém me ensinou então, que Natal é estar em sintonia de corações.
Agora sim,  sei e sinto que as pessoas de quem eu gosto estão no meu coração e por isso estão sempre comigo.
Assim, nestes dias mais festivos, em que preciso muito delas ao meu lado o meu pensamento encarrega-se de as chamar, e pronto. Já está!

A todas as pessoas que estão no meu coração, Um Santo Natal!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Se me esqueceres

Achei eu que o tinha publicado aqui, neste canto, onde publico tudo aquilo que gosto e que me vai na alma! Procurei, procurei, mas não o encontrei!
Este é daqueles que não pode mesmo deixar de aqui estar!

Se me esqueceres

"Quero que saibas
uma coisa.

Sabes como é:
se olho
a lua de cristal, o ramo vermelho
do lento outono à minha janela,
se toco
junto do lume
a impalpável cinza
ou o enrugado corpo da lenha,
tudo me leva para ti,
como se tudo o que existe,
aromas, luz, metais,
fosse pequenos barcos que navegam
até às tuas ilhas que me esperam.

Mas agora,
se pouco a pouco me deixas de amar
deixarei de te amar pouco a pouco.

Se de súbito
me esqueceres
não me procures,
porque já te terei esquecido.

Se julgas que é vasto e louco
o vento de bandeiras
que passa pela minha vida
e te resolves
a deixar-me na margem
do coração em que tenho raízes,
pensa
que nesse dia,
a essa hora
levantarei os braços
e as minhas raízes sairão
em busca de outra terra.

Porém
se todos os dias,
a toda a hora,
te sentes destinada a mim
com doçura implacável,
se todos os dias uma flor
uma flor te sobe aos lábios à minha procura,
ai meu amor, ai minha amada,
em mim todo esse fogo se repete,
em mim nada se apaga nem se esquece,
o meu amor alimenta-se do teu amor,
e enquanto viveres estará nos teus braços
sem sair dos meus."

Pablo Neruda, in "Poemas de Amor de Pablo Neruda"

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Coisas Roubadas



"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens."

(Fernando Pessoa)

domingo, 18 de dezembro de 2011

O passado dá-me o chão

Às vezes volto atrás no tempo para tentar perceber as coisas que me acontecem.

O passado dá-me o chão onde hoje eu piso e é lá que tantas vezes encontro as minhas respostas.

Mas coscuvilhar às vezes dói, faz saltar o que estava escondido, faz sobressair o que já lá vai, espelha-nos os sentimentos. Outras vezes, faz as coisas parecerem pequeninas, insignificantes, tira-lhes a dimensão.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Culpa é da Cor


Foi da palavra cor, que tudo isto começou.
Às vezes começo a ler as coisas que escrevi e percebo que há ideias, palavras e frases que são recorrentes.

Porque será que ando sempre de volta dos mesmos assuntos, que tenho palavras preferidas e frases que repito vezes sem conta? 

Vendo à luz da razão consigo perceber que, em relação aos assuntos, eles vivem dentro de mim, são as minhas realidades, os meus medos, as minhas frentes de batalha, são tudo aquilo que me faz sentido ser e ter. 

Já no que diz respeito às palavras e frases... 

Pois... Pensei, pensei e cheguei a conclusão de que as uso porque geralmente revelam os meus sentimentos. Quantas vezes eles me saem em forma de cheiros e cores a pairar no ar, luzes e sombras que se cruzam, brilhos e arrepios que sobem por mim a cima em ondas de calor. O mar… o mar também me tira do sério, também ele na sua calma ou na sua desordem, define tanto do que vai dentro de mim.
Afinal, afinal são os sentidos a ditarem os sentimentos. É através deles que sentimos, é através deles que nascem as sensações e se formam as percepções.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Paixão

Gostei de ler este poema de Torquato da Luz porque me voltou a lembrar que:

"A vida é uma locomotiva que precisa de lenha para se mover.
E não há melhor lenha que a Paixão."
(Citação minha :))

"Toda a poesia é um recado
com destinatário
mais ou menos disfarçado.
Eu, desde que te vi,
dou-me ao ofício diário
de escrever para ti."

(posted by Torquato da Luz)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

É Verdade...


É verdade..
Ainda há palavras que não uso, sentimentos que escondo, vergonhas que não revelo. Ainda penso em vez de agir, ainda sondo antes de avançar, ainda tenho medos. Ainda coro, ainda faço de conta que não percebo, ainda não sei aceitar um não.

Eu gosto do Natal


Eu gosto do Natal.

Gosto do frio, dos cheiros, do ambiente alegre, das musicas, da lamechice, da família, dos amigos, de estar, de conversar, de poder rir até não poder mais, de férias, de ver filmes no quentinho da lareira, de ler um bom livro, de estar à vontade sem cerimónias e sem me importar se me estou a portar bem ou mal. Gosto e pronto.

Mas cada vez gosto menos da falta que algumas pessoas fazem nestas datas, porque quer se queira quer se não queira é nestas alturas que nos lembramos de quem mais gostamos e nos damos conta que passou mais um ano sem a sua presença ou sem se estar o tanto que precisaríamos.

Para além disso começamos a ter a consciência de que os dias não têm as horas que precisamos, de que não conseguimos chegar a tudo o que queremos e que não temos mãos a medir para tantos projectos. Começa a surgir um sentimento de impotência muito grande, às vezes até tristeza.

Época mais nostálgica, esta!

Tal como me preparo com tempo para combater o inverno tenho de me começar a preparar para combater este mês de Dezembro. É preciso fortalecer a alma para nos entregarmos ao que conseguimos fazer e preparar o espírito para aceitar tudo aquilo a que não conseguimos chegar.

Em modo de preparação…

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Déjà vu!



Déjà vu!
Por momentos achei que o sofrimento me tinha caído aos pés de novo. 
Por momentos revivi! 
Por momentos a dor foi aguda!  
Pára tudo! Não, quero isto para mim!
Até sacudi a cabeça em sinal de chega para lá!
Há coisas que não vou querer sentir nunca mais na vida!
Chega o que doeu a cada minuto, chega o tempo que levou em ferida aberta. 
Agora não...
É tempo de contornar, de voltar a ver cor.
Só que não basta querer!
Existir e ser o que sou, é por si só o risco de voltar a sentir! 
Apagar! Fechar os olhos! Fechar-me dentro de mim! 
Tudo serve para não deixar entrar de novo tanta agonia!

Um Poema Pequenino

Dentro de mim choro
Não a tua morte
Que não morreste em mim
Mas a morte de mim em ti
(Sum)