sexta-feira, 31 de outubro de 2008

let it be me


let it be me

"God bless the day I found you
I want to stay around you
And so I beg you, let it be me

Don’t take this heaven from one
If you must cling to someone
Now and forever, let it be me

Each time we meet love
I find complete love
Without your sweet love what would life be
So never leave me lonely
Tell me you love me only
And that you’ll always let it be me

Each time we meet love
I find complete love
Without your sweet love what would life be

So never leave me lonely
Tell me you love me only
And that you’ll always let it be me"


(Elvis Presley)




terça-feira, 28 de outubro de 2008

E Hoje ...



If you fall

Let's talk and we'll fill the air with imagery that lasts forever
So this is love that's a lovely thought
You have to care for it to keep it together
If you fall will you get up
You're stuck in a dream will you wake up
And if you fell in love will you hold on to it
And if it's cold will you stay warm
You drift too far will you swim towards the shore
And if you fell in love will you hold on to it
Lets just sing and we'll fill the air with melodies that blend together
You speak so sweet with words so delicate
A glass i hope will never shatter
If you fall will you get up
You're stuck in a dream will you wake up
And if you fell in love will you hold on to it
And if it's cold will you stay warm
You drift too far will you swim towards the shore
And if you fell in love will you hold on to it


(Azure Ray)




segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eu


Em dias de pouca Lua ou de Lua nenhuma, não escrevo, não falo e não vivo.

Efeito de falta de Lua.

Este blog foi feito para pensar Eu. E Eu não existe nestes dias.

Tem graça que às vezes esqueço-me do verdadeiro sentido deste canto.

Eu, eu e eu. Aquele eu que esteve perdido durante anos e que se tenta encontrar em cada dia que passa.

Um dia a rir, outro a chorar. Um dia com força, outro a esmorecer. Escrever quando me apetece escrever, cantar quando me apetece cantar mas sempre para dizer a vida, cantarolar a tristeza, sorrir para o passado, fazer vénias ao futuro.

sábado, 25 de outubro de 2008

Senhora D. Sabe Tudo III


O que me ri ontem a propósito de pontos.

Tanta ignorância! As vezes, assusto-me comigo própria. Mas não tenho como. Não sei e pronto. Aceitar e tentar arrecadar, não sem antes perguntar, ir ver e estudar é o que me resta.

Às vezes o meu trabalho proporciona-me algumas horas de bom convívio. Ontem assim aconteceu. Estivemos a fazer uns kits e todas à conversa, desta feita éramos só mulheres desde os 25 aos 43. Surgiu um assunto que no dia antes já tinha vindo à baila, mas à conversa com um amigo.

Ainda bem (ou mal) que me fingi de entendida, mesmo tendo arriscado a parecer completamente tontinha, e não perguntei na altura o que era o referido “Ponto G”.

Não tenho uma dúvida que nos teriamos sentido constrangidos, eu por não saber, ele por ter de explicar. Já para não falar nos ataques de riso que isso poderia acarretar, ele na primeira fase por eu não saber e eu na segunda por o ver a explicar.

São raras as vezes em que me inibo de perguntar qualquer coisa que não sei. Odeio morrer estúpida. Assim na segunda vez que falaram neste assunto, não me fiz de rogada e desembuchei. Claro que a risota foi geral. Toda a minha gente sabia o que era, excepto eu. Desde as mais velhas às mais novas. Depois de alguma chacota, lá se dignaram a explicar. Mas divertido mesmo foi quando eu contei o meu sorriso de entendida na conversa do dia anterior.

Santa ignorância :))

Os olhos vêm aquilo que queremos ver.


Quantas vezes me dei conta que os meus olhos só vêm aquilo que queremos ver, ou que estamos aptos para ver.

Tenho um quadro bem na minha frente e dele tiro o que sinto nesse dia.

Hoje é um cavalo, amanha uma vaca, mas já vi um burro e até um urso.

Umas vezes olho e vejo-o mais encarnado, noutras o preto sobressai.

Quantas vezes me dá luz e me ilumina o dia e quantas escurece o que me rodeia.

Nunca me apeteceu chamar muito este assunto, talvez me incomode. Não sei, não quero saber. Sei que traz ventos que não quero colher.

Muitas verdades. Muitas mentiras. Muitas coisas boas que posso ver como más, muitas coisas más que podem passar por boas. Depende tudo e só do dia, da hora, do minuto, da pessoa, do meio e de todas as variáveis que nos rodeiam.

O Dia e A Noite


Há alturas da nossa vida que são escuras e outras que são claras.
Podemos compara-las aos dias e às noites.
As duas formas são validas para quem as vê e observa, mas uma é muito mais saudável que a outra para quem as vive.

Mas às vezes é preciso ver as coisas envoltas na escuridão da noite para perceber como é bom vê-las à luz do dia.


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Relacionamentos Dificeis II



Por falar em relacionamentos difíceis.

No outro dia em conversa com uma amiga, acabei por me queixar da minha pouca sorte de não conseguir reagir de imediato a situações que me incomodavam, de não conseguir falar, de ficar com os assuntos pendurados e entalados dentro de mim, que isso me provocava sentimentos de culpa e uma tristeza profunda e ainda que isto acontecia geralmente com os meus amigos mais amigos.
Ao que ela me respondeu:

- Mas não deixe que isso aconteça, porque há pessoas que são como os cães, farejam a nossa passividade e atacam gratuitamente.

Á primeira, fiquei a olhar sem saber bem o que pensar, logo de seguida, pareceu-me muito mau para quem fala de amigos íntimos, uma brutalidade. Mas logo logo e pensando bem é mesmo, e tão simplesmente, o que acaba por acontecer.
Muitas vezes sem maldade e sem ser pensado mas, e verdade seja dita, todos nós temos tendência para levar vantagem das situações aproveitando-as da melhor maneira em nosso proveito. Infelizmente ou felizmente somos formatados para isso.

O nosso espaço acaba onde o do outro começa e vice-versa. Somos nós que temos de impor os nossos limites. Sem medo e sem sentimentos de culpa.
E é aqui que entra o respeito e o amor que temos de ter por nós próprios.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Relacionamentos difíceis



Relacionamentos difíceis existem.

Mesmo entre duas pessoas que gostam muito uma da outra.

A bem dizer os outros nem me interessam. Nada mesmo. Mas os primeiros fazem-me muita aflição.

Quando é muito perto de mim, tenho dificuldades em compreender. Parece que as pessoas não fazem um esforço para se entenderem.

Afinal parece tão fácil estar frente a frente e desbobinar tudo, palavras, sentimentos, gestos, olhares, mimos. Parece tão fantástico viver as situações de coração e expor a alma, que não faz sentido não o fazer. Se assim for, e se o sentimento de amizade, amor, seja lá o que for, estiver lá, ele prevalece e fica mais forte.

Quando estou envolvida… Ui! Aí a porca torce o rabo.

Este blá, blá, blá, cai todo por terra.

Frente a frente era o que gostaria de ter coragem para fazer, mas nunca tive. Penso como, penso quando, penso em, penso que, mas coragem que é bom, nada. O tempo começa a passar, os assuntos começam-se a acumular e a ficar pendurados, criam-se situações mal resolvidas, o desconforto e a tensão aumentam e torna-se cada vez mais difícil o entendimento.

Uma bola de neve.

Sentarmo-nos frente a frente começa a parecer completamente impossível e surge um sentimento de incapacidade imensa, um medo que petrifica, fico pequena e insignificante, impotente e mesquinha, começo a ter sentimentos de culpa, a deixar andar as coisas.


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Dardos


Hoje o meu blog recebeu um prémio. Ou melhor, hoje eu recebi um prémio. O meu primeiro prémio.

Fiquei feliz. Foi, sem dúvida, uma das coisas boas de hoje. Motivo de grande orgulho mais vindo de quem vem - O Privilégio dos Caminhos.Vou tentar não o desmerecer. Por alguma razão, por algum motivo, de alguma forma consegui acrescentar mais-valia à Web.

Muito obrigada Júlia, por me fazer sentir importante.

Agora cumprir os trâmites:

Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.
Quem recebe o Prémio Dardos e o aceita deve seguir algumas regras:
1. Exibir a distinta imagem;
2. Linkar o blogue pelo qual recebeu o prémio;
3. Escolher 15 outros blogues a que entregar o Prémio Dardos.

Blogues que distingo:

Desculpe Júlia mas O Privilégio dos Caminho é um. Não tenho como. Não seria justa e correcta se assim não fosse. E nas regras nada o impede. Este é um dos blogues que não dispenso por nada (livre-se de me pregar outra partida como a de Agosto), e com o que mais aprendi em todos os sentidos.

Da Inquietude – É dos blogues que consulto, provavelmente onde passo mais tempo. Cada post é um POST, cada fotografia é uma FOTOGRAFIA. Esteticamente irrepreensível, logo é bonito de ver, é bonito de ler é bonito de ouvir. Nostálgico mas lindo. Adoro o teu Blog Pedro.

Porta do Vento – leitura indispensável da noite. Boa companhia, assuntos variados e interessantes, bem comentados, consistente e divertido.

Violinos no Telhado - (com pouca actualização. Hummmmm! Ana V. temos muito trabalhinho pela frente…) mas não deixa de ser uma das minhas referências. Gosto muito do que escreve.

Oficio Diário – Já não passo sem ele. Gosto, descansa-me, despreocupa-me, faz com que os dias sejam mais bonitos.

Codornizes – É vivo, é boa onda, acrescenta conhecimento.

Ordem/Desordem – Excelente trabalho. Adoro os desenhos, os quadros os estudos… Parabéns Lourenço, pelo blogue e pelo teu trabalho, pela tua imaginação e principalmente pelos resultados com que nos presenteias.

Eu antes de Mim – Acredito, gosto, distrai-me, diz-me coisas e principalmente faz-me sonhar. Pena estar parado. Apesar de tudo de releitura quase diária.

Abencerragem – constante e interessante.

Esconderijo – Muito, muito boa onda, muito agradável, muito divertido. Ninguém fica indiferente, impera o bom humor, e o sentido de humor, gera boa disposição.

Rogério Carrola - Escrita Permanente - gosto muito de ler.

Papiê - porque conheço o trabalho. Trabalho muito minucioso, perfeito, personalizado, profissional. Tem coisas lindas.

Todos estes blogues acrescentaram, acrescentam e espero que continuem a acrescentar alguma coisa à minha vida.

Como todos eles valem por dois e alguns por três, já excedi o número dos que deveria nomear.



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Agradeço tudo o que tenho de bom.


Pensei, pensei...

Pensei e de facto, não tenho nada na minha vida que seja mau, feio, preto ou carocho.

Tudo na minha vida é bom.

Devo ter uns bons padrinhos lá em cima.

Sou saudável, casada. Tenho três filhos fantásticos, inteligentes e ainda por cima lindos de morrer, um cão esperto, sensível e lindo, uma casa espectacular, bonita e bem arranjada, num sitio lindíssimo, para não dizer na melhor zona do Estoril que é, já de si, o melhor sitio do mundo para se viver, trabalho na melhor empresa que há para trabalhar, tenho as melhores pessoas do mundo a trabalhar comigo, tenho muitos e bons amigos, família grande e de certa forma unida.
Tenho tudo de bom bem ao meu lado mais uma boa áurea,uma boa luz e bons anjos da guarda.

Tenho um historial que muita gente gostaria de ter. Nada de que me possa arrepender, um percurso limpo, cheio de coisas boas e muita alegria. Posso olhar para trás com orgulho e ver tantas coisas bonitas construídas, tanta vida feita. Mesmo em alturas mais difíceis, a protecção foi tanta que mal dei pelas contrariedades do dia-a-dia. Nada me falta, tudo me é apresentado de bandeja. Não há nada do que me possa queixar.

Para começar está muito bom. Muito bom mesmo.

Diria mesmo que agradeço tudo o que tenho de bom.

Para completar, tenho um feitio mais bom do que mau :

Gosto do frio, gosto do calor, gosto da chuva, gosto do sol, gosto do mar, gosto do campo, gosto de todas as estações do ano, gosto de todos os dias da semana, gosto de todos os meses do ano, gosto de castanhas no Outono, de frio e chuva no Inverno, de flores na Primavera, de praia no Verão. Mas se me derem morangos no Outono, sol no Inverno, folhas caídas no chão na Primavera ou nevoeiro no Verão também vou amar. Gosto de cada coisa no seu lugar e tudo fora do sítio. Gosto de tudo o que é bonito, gosto de tudo o que me faz feliz. Gosto de paisagens, gosto de cidades ao longe. Gosto das pessoas, gosto dos sons, gosto dos cheiros, gosto de sentir o que me rodeia. Gosto de paz, gosto de todas as cores e em especial do branco, gosto de todos os números e em especial do 4, gosto de pormenores, gosto de beleza, gosto de gente gira, gosto de receber flores, gosto de homens bonitos. Gosto que me levem de viajem, gosto que me dêem a conhecer coisas novas. Adoro brincar, rir, cantar, dançar, pintar, abraçar, beijar, amar, sonhar, partilhar, ler, escrever, rir, rir, dançar, conversar, estar, passear, rir, cantar, amar, rir, beijar, abraçar…

Gosto de viver. Gosto de sonhar. Gosto de fechar os olhos e voar.





domingo, 19 de outubro de 2008

Aprender


Hoje deram-me um livro.

365 Ensinamentos para ser feliz.

Cada dia um.

Tenho intenções de tirar tudo o que ele tem de bom para me dar.

E como já me tinham dado um livro parecido e agora me deram este, parto do princípio que tanto uns como outros me querem ver bem e feliz.

Passo um
QUERER
Passo dois
ESTAR PRONTO
Passo três
AVANÇAR


Eis um bom ensinamento para começar.

“Trate-se com amor e com respeito”

Nada como fazer um esforço para aprender e andar para a frente de cabeça erguida.

sábado, 18 de outubro de 2008

Traição


Traição é deslealdade, é falsidade, é mentira, é engano, é quebrar com tudo o que um dia a dada altura nos propusemos ser. Traição é uma palavra forte que cria um sentimento disforme.




sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ninguém é de Ninguém


"Conta-me histórias
A que eu gostaria de voltar
Tenho saudades de momentos
Que nunca mais vou encontrar..."


(João Pedro Pais)




Princípios e Fins


Assim se arrasa o que se construiu.
Estrebuchei mas não tive força para lutar. Percebi que tudo o que eu dissesse e ou fizesse iria reverter em meu desfavor. Cheguei-me ao canto e ali fiquei. Tão quieta quanto me era permitido. Não vou conseguir explicar nunca. È muito culpa do que a minha cabeça criou, é muito culpa dos castelos que construi, é muito culpa do que esperei.
Na minha vida não existem meios, existem princípios e fins.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vim Aqui


Vim Aqui - Coro Sto Antonio Estoril

Viver


Ver, conhecer, olhar,
entender, poder, fazer,
crescer, sonhar, amar,
abraçar, falar, mimar,
dançar, brincar,
ouvir, rir, beijar,
comer,ler, pintar, escrever,
cheirar,
ganhar,
partilhar, …

Em frente. Eu não me posso mudar


Eu não me posso mudar.

Nem fisicamente, nem emocionalmente, nem geograficamente, nem, nem…

Há dias que com grande pena minha! Pois se pudesse mudar-me-ia todinha de uma ponta à outra. Mudava até o país e a cidade onde vivo. Mudava de cara, mudava de corpo, mudava até de cor se fosse preciso. Mudava cada neuronio.

Só não sei se resultaria, se isso tudo me faria mais feliz.

E fugir?

Fugir, também poderia ser uma hipótese.

Ser fugitiva por uns dias, meses ou até mesmo alguns anos. Mas também não sei se isso seria a solução! Não saberia viver sozinha. Levaria sempre comigo estas pequenas minas existenciais.

Então… Então, não sei.

Que tal crescer… Talvez isso mude a minha maneira de ser. Talvez enfrentar a vida de frente, perceber os sinais, ultrapassar obstáculos, crescer com eles, aprender a gostar do que tenho e essencialmente do que sou! Talvez se acreditar com muita força no que faço, no que fiz ou no que posso fazer. Talvez se me aceitar com muita força e convicção.

Talvez… Se… Mas… E…

Ora, seja… Em frente.



quarta-feira, 15 de outubro de 2008

I'll Have To Say I Love You In A Song


I'll Have To Say I Love You In A Song



Well, I know it's kinda late.
I hope I didn't wake you.
But what I gotta say can't wait,
I know you'd understand.

Every time I tried to tell you,
The words just came out wrong,
So I'll have to say I love you in a song.

Yeah, I know it's kinda strange.
Every time I'm near you,
I just run out of things to say.
I know you'd understand.

Every time I try to tell you,
The words just came out wrong,
So I'll have to say I love you in a song.

Every time the time is right,
All the words just came out wrong,
So I'll have to say I love you in a song

Yeah I know it's kinda late.
Hope I didn't wake you,
But there's something I just gotta say.
Know you'd understand.

Every time I try to tell you,
The words just came out wrong
So I'll have to say I love you in a song.


(Jim Croce)

sábado, 11 de outubro de 2008

How do you feel now


Há quantos anos não ouvia esta música.

Quantas recordações!

How Do You Feel Now? - Barclay James Harvest

How do you feel now

"How do you feel now
We've got a reason to go on
Newly born
Seems like I've waited for a lifetime
But honey I believed in you

When I saw her face I had to cry
I don't know why
Is she real?
Seems like I've waited for a lifetime
But honey I believed in you
To make my dreams all come true
We've got a child

I tried and tried to talk it over
Seems like we'd waited a million years
Then you conceived our child was born
And we were one
Picked her up put her by your side
Saw a smile that you couldn't hide

I tried and tried to talk it over
Seems like we'd waited a million years
Then you conceived our child was born
And we were one
Picked her up put her by your side
Saw a smile that you couldn't hide

How do you feel now
We've got a reason to go on
Newly born
Seems like I've waited for a lifetime
But honey I believed in you
To make my dreams all come true
We've got a child "

(Barclay James Harvest)


quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Que falta faz uma Mãe!


Já não é a primeira vez que me sinto oca. Oca, mas oca de oca. Sem reacção, sem pensamento, sem ser, sem alma.

Tudo me parece estranho, tudo me parece vazio. Nada faz sentido, nada tem significado, ninguém me alegra.

Sinto-me numa feira popular, sozinha sem direcção a entrar e sair de cada barraquinha colorida, onde tudo está animado e nada me toca. Aqui e acolá as músicas embrulham-se, as vozes fazem eco, as luzes atordoam e o carrossel continua a andar sem parar num corrupio monótono ao som de música de caixa. Gritinhos, cheiros de tudo, sombras, luzes e mais luzes, coisas a girar, pessoas a passar sem parar, encontrões ao ralenti com vozes que saem para dentro, de bocas que sorriem.



Sinto-me a entontecer e a rebentar.

Só me apetece correr. Correr sem parar até ao sol nascer. Correr com força até não poder mais.

É nestas alturas que as mães fazem falta. Tanta falta!


domingo, 5 de outubro de 2008

Que vergonha...


Hoje estive o dia inteiro a tentar agarrar as pontas do pensamento, a tentar mantê-lo à luz.

A ver se me consigo explicar.

Ontem de conversa com um amigo, apercebi-me que no mundo não existem só os meus problemas, a minha visão, a minha maneira de viver, os meus objectivos, os meus quereres, os meus gostares, as minhas exigências, os meus pensamentos, as minhas angústias, as minhas perdas, as minhas lágrimas, o meu umbigo…

Como se de repente tivesse aberto os olhos e visse que bem do meu lado tenho os meus amigos, e eles precisam de mim de outra forma.

Mais atenta, mais positiva, mais animadora, mais companheira. Precisam que eu veja as suas lágrimas, os seus sorrisos, as suas tristezas, as suas alegrias, os seus feitos, as suas lutas, as suas preocupações, os seus sonhos, as suas vitórias…

Eu preciso, e eles também, que eu olhe para eles através deles e não através de mim

Eu preciso e eles também que eu esteja mais perto deles, de ver o que eles querem e não o que eles mostram.

Eu preciso de os sentir.

É um facto, tenho estado tão ocupada a ter pena de mim, que não tive nem um bocadinho de tempo para olhar à minha volta. Que vergonha….

Brisas


Brisas Vindas da Porta do Vento

"Eu não falo de vinganças nem de perdões; o esquecimento é a única vingança e o único perdão"

(Jorge Luis Borges)


sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Copinho de Vinho Tinto


E quando pensamos que tudo está perdido, que nada há a fazer, eis que aparece uma luz no fundo de um túnel. Tem graça como é que do nada e assim de repente nos deparamos com uma forma de pensar totalmente nova, onde tudo se encaixa perfeitamente no nosso “modus vivendi” e até parece fazer todo o sentido.

No entanto a luz que vi é tão ténue, que morro de medo que ela se apague de novo.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008