quarta-feira, 30 de abril de 2008

Sonhar Sempre





"Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre, pois sendo mais do que uma espectadora de mim mesma, eu tenho que Ter o melhor espetáculo que posso. E assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho entre luzes brandas e músicas invisíveis."
(Fernando Pessoa)


"Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão"


(cantado por Maria Bethania)

terça-feira, 29 de abril de 2008

Suportar o silêncio


Regra número um – Saber ouvir
Regra número dois – Ouvir
Regra número três – Ouvir
Regra número quatro - Estar atenta
Regra número cinco – Escutar
Regra número seis – Saber sorrir enquanto se ouve
Regra número sete – Saber relevar e relativizar e aprender com o que se ouve

Estas são as regras a que me impus nos próximos 40 anos.

Ouvi no outro dia que, se ontem, saber ouvir era importante, hoje, saber ouvir é condição.

Levei a serio, muito a serio. Até porque tenho de aprender a ficar em silêncio. Já dizia a minha avó, quem fala muito não ouve.

Ficar em silêncio não é fácil, principalmente quando o problema é não suportar o “não ter o que dizer”. Este problema gera o problema ao contrário, quando, por não suportar o “não ter o que dizer “se diz o que não se quer dizer.

Upsss. Que grande baralhada. Mas é isto mesmo o que quero dizer hoje.

É aqui que a porca torce o rabo. Quantas e quantas coisas me arrependo de dizer da boca para fora, mesmo sabendo que são coisas banais, coisas que a maior parte das pessoas sente e diz que não sente, gosta e diz que não gosta, faz e diz que não faz, tem e diz que não tem, só porque não quer dar ases. Eu dava-os de borla, há confiança, mas acabo sempre por levar de graça.

Ouvir tem, assim, duas grandes vantagens, não se diz o que não se quer e aprende-se com o que se ouve.

Conclusão é preciso fazer das tripas coração e aprender a suportar o silêncio.

So why don't you stand up and be Beautiful



Hoje definitivamente o dia é nim.

Mas ainda consegui ver, ouvir duas coisas que gostei e que me fizeram avançar um passo. Vá, dois. Um por cada coisa que gostei.

A Primeira, uma oração que me vai ajudar muito de hoje em diante.

A segunda, uma música. Pode não ser a mais bonita do mundo e claramente não o é, mas fez-me parar e ficar a ouvir, o que no dia de hoje foi um grande feito.

A oração foi tirada do Laurinda Alves – A substancia da vida

Ajuda-me Senhor a receber cada dia como um dom.
Ajuda-me a reconhecer que nada me falta, que Tu me deste tudo aquilo que é necessário para fazer da vida uma coisa feliz e com sentido.
Mesmo que me falte o universo inteiro, nada verdadeiramente me falta.
Mesmo que eu espere muito do amanhã, devo saber que tenho tudo hoje.
Ajuda-me a limpar o olhar, poluído e agravado por juízos, consumos e ressentimentos.
Que eu saiba acolher a vida como a oportunidade que ela é.
Se acontecer o meu coração andar ferido, recorda-me Senhor aquele santo que dizia:
“Nenhum coração é tão inteiro como um coração ferido”.


A Música tirada do hi5 de um amigo.



Beautiful

Everybody knows that we live in a world where they
give bad names to beautiful things
Everybody knows that we live in a world where we don't
give beautiful things a second glance
Heaven only knows that we live in a world where what
we call beautiful is just something on sale
People laughing behind their hands while the fragile
and the sensitive are given no chance

And the leaves turn from red to brown
To be trodden down
And the leaves turn from red to brown
Fall to the ground

We don't have to live in a world where we give bad
names to beautiful things
We should live in a beautiful world
We should give beautiful a second chance

And the leaves fall from red to brown
To be trodden down
And the leaves turn green to red to brown
Fall to the ground
And get kicked around

You strong enough to be..
Have you the courage to be..
Have you the faith to be..
Honest enough to say..
Don't have to be the same..
Don't have to be this way
C'mon and sign your name
You wild enough to remain beautiful?
Beautiful.

All the leaves turn from red to brown
To be trodden down
And we fall green to red to brown
Fall to the ground
To be kicked around

You strong enough to be..
Why don't you stand up and say
Give yourself a break
They laugh at you anyway
So why don't you stand up and be
Beautiful.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Um minuto de varanda


Tenho algumas dificuldades em conseguir perceber as minhas mudanças de humor.

Acordo feliz, consigo ouvir os pássaros a cantar, ver as nesgas de sol a entrar pelas portadas mal fechadas, sentir a brisa do mar a abraçar-me. Levanto-me com toda a curiosidade do mundo, com todos os sentidos da minha alma à flor da pele e com a energia de um touro a entrar numa arena.

Nem dois minutos… É só chegar o primeiro desencontro, a primeira contradição do dia e tudo muda.

Já o dia parece um desperdício, a musica um estropício, e as pessoas um empecilho. Tudo parece virado do avesso.

Nada que um minuto de varanda, a olhar para o mar, não consiga desfazer.

E estas cenas prolongam-se pelo dia. Chego a ficar cansada só de me aturar.

Não é fácil. Ora alegre, ora triste, ora saudosa, ora nostálgica, ora irritada, ora sorridente, ora malandra, ora conversadora, ora calada, ora vivendo, ora parada … e assim por diante.

Chega o fim do dia e não se consegue tirar o saldo.

Já com a almofada debaixo da cabeça às vezes, sorrio e digo para mim própria – Amanha será um novo dia - outras vezes - Que todos os dias sejam como o de hoje. Cá me parece que o dia acaba com a disposição do minuto em que me deito.

Vou passar a estar mais atenta.

Sintra


Hoje estive em Sintra.

Nestes dias de bom tempo, respira-se ar, sol, verde e descontracção.

Apesar do burburinho, da confusão de gente e de trânsito gerada pela feira de São Pedro, o ambiente estava de feição. Até o polícia que estava na esquina, geralmente carrancudo, sorria.

A Piriquita estava praticamente vazia e limpinha, os travesseiros estavam quentes e a senha tinha o numero 6. Muito razoável.

O Palácio, branco, espelhava a luz do sol e tudo parecia brilhar, até a pele escaldada dos turistas estava luzidia. As folhas das árvores e o vento a passar-lhes pelo meio, pareciam uma pintura de Monet de tanto branco que reflectiam.

O ar estava leve, as pessoas circulavam calmamente e falavam num tom simpático e aprazível. Não se notavam pressas, stresses e crianças a chorar.

Resultado. Uma manha muito bem passada e mais umas gramas na balança.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Queixa


“Queixa

Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza

Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água

Ondas, desejos de vingança
Dessa desnatureza
Bateu forte sem esperança
Contra a tua dureza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria

Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa”

(Cantado por Caetano Veloso)



quarta-feira, 23 de abril de 2008

De te amar porque te vi




"De te amar porque te vi"


"Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei..."

...

(Fernando Pessoa)

Roubado em Da Inquietude de Pedro Rapoula

Medo


Não, não consegui perceber.

Não consegui perceber que precisava de um colo, que o medo que a tolhia nem com um abraço se escaparia. Eu também tinha medo.

Não, não consegui perceber.
Ter medo, não era uma opção. Ter medo era não acreditar. Ter medo era uma rendição.

Não, não consegui entender o porquê da rendição, da luta travada no seu interior. Como se conseguisse mudar a sentença que pairava sobre a sua cabeça.

A rendição foi tanta que nem forças sobraram para as últimas histórias, para os últimos beijos, para os últimos aconchegos, para os últimos…

O medo foi tanto que não sobrou tempo para um olhar de saudade, para um abraço de partida.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Um dia o amor virou-se para a amizade e disse...


Hoje enviaram-me este texto.

Fiquei algum tempo a olhar para ele. Não percebi que sensação tive, quando ele me apareceu.

Até que cheguei à conclusão que não tinha que ter razão nenhuma para gostar dele. Foi amor à primeira vista.

Um dia o amor virou-se para a amizade e disse:
- Para que existes tu se já existo eu?
A amizade respondeu:
- Para repor um sorriso onde tu deixaste uma lágrima.

Para além de que me fez lembrar uma frase lindíssima de Ana Vidal, também ela, amor à primeira vista, e que não me saiu da cabeça até agora:

“... um sorriso que se perdeu algures entre duas lágrimas”

Decorei-a, por isso já não sei em que contexto estava. Pouco importa, porque a frase só por si tem força.

domingo, 20 de abril de 2008

Vejo… Sinto… Provo…


Os meus sentidos estão alerta.

Não, não são falhas, não são defeitos, são todos os sentidos que uma mulher, um homem, um ser humano podem ter e desfrutar. Todos eles despertos e atentos, para a vida.

Sim, tenho olhos. Sim, tenho pele. Sim, tenho boca. Sim, tenho sentimentos. Sim, tenho um corpo que, apesar de não ser mesmo nada perfeito, consegue fazer-me sentir até ao mais fundo de mim.

Estes olhos que vêm as ondas a rebentar, esta pele que sente a brisa da maresia, esta boca que prova o salgado do vento também têm a habilidade de ver quem passa, sentir o que toca e saborear o que a vida tem de bom. Ai… Estes sentimentos…

A vida começa a escapar. O tempo é curto. E há tantas coisas para sentir, para ouvir, para ver, para ter. Até aqui a vida passou por nós mas parece que agora queremos ser nós a passar pela vida.
Durante anos esquecemo-nos de nos enriquecer, esquecemo-nos de engrandecer, esquecemo-nos de nos mimar.

Não, não sou louca, sou só um ser humano com sede de viver. Sou só mais um ser com todos os sentidos alerta.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O que foi que Aconteceu




"Aconteceu
Eu não estava à tua espera
E tu não me procuravas
Nem sabias quem eu era
Eu estava ali só porque tinha que estar
E tu chegaste porque tinhas que chegar
Olhei para ti
O mundo inteiro parou
Nesse instante a minha vida
A minha vida mudou
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos?
O que foi que aconteceu?
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos, meu amor?
O que foi que aconteceu?
Aconteceu
Chama-lhe sorte ou azar
Eu não estava à tua espera
E tu voltaste a passar
Nunca senti bater o meu coração
Como senti ao sentir a tua mão
Na tua boca o tempo voltou atrás
E se fui louca
Essa loucura
Essa loucura foi paz
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos?
O que foi que aconteceu?
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos, meu amor?
O que foi que aconteceu? "

(Cantado por Ana Moura)

Ora bem, este fado que me foi dado a conhecer pelo O Meu Cais, ficou-me na cabeça.

E quando uma coisa nos fica na cabeça é porque mexeu conosco e se mexeu conosco então é digno de ficar registado. Agradeço a quem mo deu a conhecer.

Brincar de Viver




De mim para mim

"Quem me chamou
Quem vai querer voltar pro ninho
E redescobrir seu lugar
Pra retornar
E enfrentar o dia-a-dia
Reaprender a sonhar
Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não
Você verá que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
E não esquecer, ninguém é o centro do universo
Que assim é maior o prazer
Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
E eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho
Como eu sou feliz, eu quero ver feliz
Quem andar comigo
Lá - lá - lá- lá - lá.........
Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não."

(Cantada por Maria Bethania)

Olha o que estou a ouvir...



De mim para ti
oh musica bonita...


"Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo em minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde prá plantar e prá colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade
Procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão"

(Cantado por Maria Bethania)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Sinto Falta...


Romântica, nostálgica, louca, chamem-lhe o que quiserem.

Sinto falta de tudo e de nada.

Sinto falta do Verão e do sol a aquecer o corpo frio, do calor terno e sedutor que bate e reflecte toda a nossa beleza, do cheiro das peles queimadas e cheias de sal, dos cabelos desgrenhados e rebeldes, do embalo das ondas, do prazer de ter sem pedir, da dor imensa da paixão a arder dentro de mim.

Sinto falta das folhas do Outono, do cheiro das castanhas assadas, das cores mortas, do som abafado do comboio a apitar, do cheiro dos livros novos acabados de comprar. Sinto falta do vento que leva as folhas das árvores, da chuvinha molhada, do teu olhar, do cheiro a terra molhada, dos passeios a dois.

Sinto falta do Inverno, de ter frio, sinto falta do aconchego de um abraço quente, sinto falta dos dias pequenos e do conforto da noite a chegar, dos lençóis frios, da chuva a bater nas janelas, do eco do farol sentido ao longe, da espuma do mar, do tremer das ondas a rebentar, da tua voz a cantar baixinho.

Sinto falta da cor da Primavera, dos dias que crescem, das flores que rebentam, da calma do mar, das conversas na praia, das noites mal dormidas a contar estrelas cadentes, do corpo a renascer cheio de vontade de dar.

Sinto falta de um bom desafio, de cumplicidade, sinto falta de protecção, sinto falta de um coração quente, de um beijo, de uma palavra amiga, de um abraço.

Sinto Falta...

domingo, 13 de abril de 2008

Calar a palavra do amanha


Como eu gostaria que os teus sentimentos estivessem na combinação dos meus.

Como eu gostaria de te poder dizer o que sinto e o que me vai na alma.

Como eu gostaria de abrir as portas do meu coração, sem olhar para os lados, e dar tudo sem pensar no dia de amanha, como se mais nada existisse, só tu e só eu, sem ter mar nem marés, sem ter ventos nem discórdias.

Como eu gostaria de fechar os olhos e sentir na pele tudo o que sinto na alma, sem medos, sem culpas. Esses medos e essas culpas que nos tiram os prazeres do prazer.

Olhos nos olhos, sentir no fundo do silêncio toda a perfeição deste sentimento.

Olhos nos olhos, sentir a pura essência do amor, transformar-se em desejo.

Como eu gostaria de conseguir expulsar todos os meus fantasmas e experimentar a paixão em toda a sua dimensão.

Como eu gostaria de conseguir apagar dos teus olhos a incerteza de ti próprio.

Como eu gostaria de provocar o calor da nossa pele com segredos de paixão e sentir a explosão.

E no fim, com a minha mão na tua boca, calar a palavra do amanha.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Não vem ao caso dizer


Ai,"Não vem ao caso..."
Aqui está outro poema que roubei no cantinho da Júlia Moura Lopes, e que nem consigo definir muito bem o choque, o embate forte que senti quando o li.

Isto acontece-me de quando em vez e só com alguns poemas.

É engraçado como nunca tendo estado em contacto com poesia, anteriormente, logo não conhecendo, não sabendo quem é quem, não compreendendo os seus meandros e as suas estranhas “produções”, consigo, ou acho que consigo, entender tão bem a força com que cada palavra foi escrita. A dor e o amor que cada palavra tem, o mel e o fel que por vezes lhes está associado e a inquietação que cada palavra provoca num coração desejoso de compreensão.


"Não vem ao caso dizer quanto te amo
aperto o sol no peito e não és tu
que noite nos meus braços se te chamo
que vestido de sombra em corpo nu.

Não vem ao caso dizer que sinto frio
se amanheço ao teu lado e tu não estás
e escrevo um poema que ninguém ouviu
com as palavras que não sou capaz.

Não vem ao caso dizer que ainda te espero
como quem espera um filho que morreu
digo que te desejo e não te quero
digo que não te quero e não sou eu. "

António Lobo Antunes
Fado de Coimbra N.º4


Postado por Júlia Moura Lopes

Descobrir e Redescobrir


Quantas e quantas vezes nos descobrimos e redescobrimos a nós próprios.

Pois é, acabei de descobrir mais algumas coisinhas sobre mim. Para alem de me redescobrir e de me descobrir em mim própria.

Foi mesmo tanta coisa!

Porquê, não sei, nem sei se quero saber os porquês.

O que interessa não são as coisinhas que descobri, nem os porquês, mas sim o facto de ainda haver pequeninas coisinhas por descobrir por ai espalhadas e à solta só para nós. Fico contente.

Concluo que precisamos de andar sempre atentas.

Situações tão básicas e simples como uma saída à noite e ou como ouvir e estar com pessoas que nos fazem sentir bem, levam-nos a descobrir outras maneiras de ser, outras formas de estar na vida, outra descontracção perante problemas tão básicos e tão pouco problemas se vistos de outras perspectivas. Aprendem-se novos sentimentos, pensamentos e sensações.

Hoje, para todos os efeitos, não é um bom dia para escrever.

É dia de ressaca, amanha de rescaldo e depois logo se verá.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Só vou gostar de quem gosta de mim!







"De hoje em diante
Vou modificar o meu modo de vida
Naquele instante que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E pra começar eu só vou gostar
De quem gosta de mim
Não quero com isso dizer que o amor
Não é bom sentimento
A vida é tão bela
Quando a gente ama e tem um amor
Por isso é que eu vou mudar
Não quero ficar chorando até o fim
E pra não chorar
Eu só vou gostar de quem gosta de mim
Não vai ser fácil eu bem sei
Eu já procurei
Não encontrei meu bem
A vida é assim
Eu falo por mim
Pois eu vivo sem ninguém "

(Cantado por Caetano Veloso)

Sem Palavras






É bonita

Tonight




"Tonight
Do we have to fight again
Tonight
I just want to go to sleep
Turn out the light
But you want to carry grudges
Nine times out of ten
I see the storm approaching
Long before the rain starts falling

Tonight
Does it have to be the old thing
Tonight
It's late, too late
To chase the rainbow that you're after
I'd like to find a compromise
And place it in your hands
My eyes are blind, my ears can't hear
And I cannot find the time

Tonight
Just let the curtains close in silence
Tonight
Why not approach with less defiance
The man who'd love to see you smile
Who'd love to see you smile
Tonight "


(Elton John)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Olhos nos Olhos



Gostaria de conseguir apagar dos teus olhos a incerteza de ti próprio.



Dias inspirados


Ás vezes temos muitas coisas para dizer. É para compensar aqueles dias em que nada nos sai.

São dias inspirados.

São dias em que a inspiração se reflecte nos nossos actos, nos nossos dizeres.

São dias em que conseguimos ver nos outros aquilo que não conseguimos ver em nós.

Apreciamos e desnudamos os sentimentos de quem está ao nosso lado.

Conseguimos ver o que lhes vai na alma,

Conseguimos dizer em palavras o que é preciso para os ver felizes.

Conseguimos iluminar o caminho e devolver a auto-estima de quem está desgovernado e só

Conseguimos tocar no fundo de um coração cheio de medo de andar para a frente e fazer dele um coração vermelho, quente e destemido.

São dias de grande importância para nós, em que pomos a alma no que dizemos e fazemos.

São dias maravilhosamente grandes.


domingo, 6 de abril de 2008

Palavras que tiveram eco


Hoje apercebi-me de que fui importante para alguém.

Hoje apercebi-me que as minhas palavras tiveram eco. Dentro delas estavam todos os segredos que lhes escondi e que foram desvendados. E que ao terem sido desvendados lhes deram a verdadeira dimensão em sentidos e despoletaram um imenso turbilhão de sentimentos nobres.

Hoje vi com os meus olhos, o sonho nos olhos de alguém. A vida a correr nas veias.

Que bem que sabe quando nos é devida tanta alegria.

Recebi, com emoção os agradecimentos. Dei com comoção as minhas lágrimas.

Domingo de Luz


Hoje é Sábado ou hoje é Domingo?

Não importa o que seja. Importa o que temos e o que fizemos. Cada um à sua maneira, cada um como sabe e pode.

Hoje é Terça ou hoje é Quarta?

Hoje temos os nossos afazeres, como outro dia qualquer, não olhamos para os lados.
Vimos o que temos de ver e chegamos onde achamos que é seguro.

Hoje é Quinta ou hoje é Sexta?

Que seja um deles, tanto faz. Cada dia é igual ao outro. Não conseguimos ver a falta que podemos fazer aos outros. Mas de repente olhamos para o lado e achamos que os outros têm ou fazem coisas muito mais interessantes. Será que hoje é Segunda?

Mas afinal hoje é Sábado ou hoje é Domingo?

Domingo? Sim, Domingo de Luz! Finalmente conseguimos olhar para nós, finalmente conseguimos olhar para os outros, finalmente conseguimos perceber que nós e os outros fazemos parte deste mundo. Juntos, conseguimos andar. Sozinhos, andamos parados. E finalmente damo-nos conta que a vida tem mais para nos dar, do que o que estamos a exigir dela.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Bochecha de rosa II


OU Assim

Bochecha de rosa

Quando te vejo na chegada
De cara rosada e bochecha molhada
Sei que o que esperas no meu ombro não é quase nada
Um leve odor
Um acalmar de um choro na serena pele que te rodeia

Quando te vejo partir
Ainda que a lágrima tombe sobre a rosácea da bochecha
E a pele se irrite na sua passagem
Longe vai a vontade
E muito mais longe
A suave calma do meu ombro


(Eu Antes de Mim)

A verdade é que:

Este foi através de mim, não sei se para mim!

Bonito como é, a mim pouco importa o que esteja escrito e para quem. A verdade é que este foi para mim ou melhor através de mim.

Será assim?

Gosto deste não ter medo.

Faz-me acreditar de novo que podemos e devemos dizer o que nos vai no coração e na alma, quando precisamos e queremos.

Faz-me acreditar de novo que podemos e gostamos de nos ver felizes por fazer os outros felizes.

Da mesma forma que te “levei a escrever”, da mesma forma que me “levas a acreditar”, que nesta vida há coisas boas que só precisamos é de aproveitar.

Pena tenho de que, coisas boas como estas não aconteçam todos os dias. Seriamos sempre felizes.


Obrigada porque sim.


Ah… E para ti: A lembrança do ser é muito melhor do que a lembrança do não ter.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Bochecha de rosa I


Assim

Bochecha de rosa

Quando te vejo na chegada
De cara rosada e bochecha molhada
Sei que o que esperas no meu ombro não é quase nada
Um leve odor
Um acalmar de um choro na serena pele que te rodeia

Quando te vejo partir
Ainda que a lágrima tombe sobre a rosácea da bochecha
E a pele se irrite na sua passagem
Longe vai a vontade de um ombro
E muito mais longe
A suave calma do meu ombro

(
Eu Antes de Mim)

Em Silêncio


Em Silêncio

Olha-me nos olhos
em silêncio
e diz-me
tudo o que só assim sabes dizer

Deixa que eu traduza
no código que inventámos só para nós
que aboliu as palavras
que nunca teve voz
as vagas de ternura que adivinho
o desejo nunca saciado
a paz de sermos sempre complemento

Em silêncio
porque só assim nos entendemos
só assim nos pertencemos
sem os medos
nem as promessas condenadas
de quem usa palavras
porque não sabe falar de outra maneira...

(Ana Vidal)

Posted by AV



Aqui


Aqui

Entre duas palavras
E uma canção
Entre um beijo e duas mãos
Um abraço forte e o teu olhar
Vou ter de certeza que te procurar

(Eu antes de mim)


E com este já vai em três. Hoje deu-me para isto. Roubar tudo o que acho bonito.
Não!... Tudo o que me toca, para ser mais especifica.
Bem, tudo não, que não iria caber.
Mas assim umas quantas.
Ainda tenho mais um em lista de espera.
Os últimos serão os primeiros


...


Fica um perfume de orvalho quando te ausentas.
Um pássaro invisível bate as asas quando chegas.
O teu convívio consente essa alegria sem culpas.
(Paulo Pucciarelli)


Postado por Júlia Moura Lopes