domingo, 28 de outubro de 2007

Amigo


A Vida é feita de acertos e desacertos.

Ontem perdi um amigo hoje ganhei outro.




A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas
Fracis Bacon






That's what friends are for














sábado, 27 de outubro de 2007

Perdi um amigo


Amigo - é saber dar, é saber receber, é dar sem se pedir é dar sem se cobrar, é receber sem se defender é pedir para se ter.

Amigo é - Um Ombro, Um abraço, Um Beijo. Sem com isso confundir ombro com amor, abraço com paixão, beijo com desejo. É tão simples …


Chorei, chorei tanto. Tinha um amigo e não há tristeza mais triste do que perder um amigo.

Sad Song
Guess there are times when we all need to share a little pain
And ironing out the rough spots
Is the hardest part when memories remain
And it's times like these when we all need to hear the radio
Cause from the lips of some old singer
We can share the troubles we already know
Turn them on, turn them on
Turn on those sad songs
When all hope is gone
Why don't you tune in and turn them on
They reach into your room
Just feel their gentle touch
When all hope is gone
Sad songs say so much
If someone else is suffering enough to write it down
When every single word makes sense
Then it's easier to have those songs around
The kick inside is in the line that finally gets to you
and it feels so good to hurt so bad
And suffer just enough to sing the blues
Sad songs, they say
Sad songs, they say so much


Elton John

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Sinais do Tempo


Hoje estive a vadiar por alguns Blogues e encontrei um post lindo.

Sinais do tempo


No teu blogue ou no meu?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Amar e ser Amado

“Melhor sensação que amar, só a de ser amado”

Bem. É muito à frente …
Agora é que foi. Até estou espantada comigo própria.

Esta saiu-me tão bem que provavelmente a vi em algum lugar e não há muito tempo.
Espero não a ter tirado de alguém.

Mas é que é mesmo daquelas coisas boas, boas ate só de pensar quanto mais de ter.
Na Vida experimentamos poucas vezes desta sensação.
Mas quando temos essa sorte, livra é demais…

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Fantasia


“A fantasia é a lanterna mágica da nossa alma"

Todos nós temos fantasias, devaneios, ideais, sonhos.

Todos nós temos aquela maneira ágil de escapar da realidade momentaneamente e fazer de conta que a nossa vida é.

E este faz de conta despoleta um turbilhão de pensamentos, de ideias perfeitas que tentamos seguir para atingir os fins a que eles se propõem.

Fantasias…

São elas que nos alimentam a alma, que nos fazem ser diferentes. Que nos trazem maneiras novas de ver, de agir, de pensar.

A nossa alma é o nosso espelho. A fantasia é a luz que o ilumina e o realça.

A Fantasia é o guia da nossa alma, a nossa alma é o nosso espelho, o nosso espelho é o nosso reflexo, o nosso reflexo é a nossa imagem, a nossa imagem é o nosso ser, o nosso ser é a nossa identidade.

Será?

Que orgia de associações.

domingo, 21 de outubro de 2007

Serpa



Ontem parti de viagem já era noite.
Musica a bombar e pé a fundo no acelerador.
Cheguei, já a noite ia longa.
Mal passei a ponte sobre o Guadiana, abri as janelas do carro e fui surpreendida pelo vento quente e fresco a cheirar a feno "acabado de cortar" e… um toque de flor de laranjeira (vai-se lá saber porquê). Senti-me inundada deste espectacular cheiro da noite Alentejana.
E como se não bastasse, a este cenário juntou-se o da Lua. A lua do Zé estava a meia haste, num gordo quarto crescente deixando as estrelas assumirem o seu brilhante protagonismo. Eram tantas, mas tantas que não cabiam naquele azul noite do céu. Transbordavam por todos os lados.

De repente, uma caiu deixando um rasto de luz prateada, automaticamente fechei os olhos e pedi um desejo.

De facto este canto do mundo é especial. É mágico. É Lindo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Dualidades


Sem fazer nenhum rascunho, como é normal, vou escrever directamente sem restrição.

Sem ter atenção aos erros e sem ter a preocupação de saber se está bem espelhado o assunto que estou a pensar.

Para alem disso hoje não tenho nada preparado, nada pensado, nada que me tenha vindo à cabeça durante o dia e que tenha sido mastigado. O que me vai na alma é o que vai ser debitado na lata. Dizem que a primeira impressão é sempre a mais verdadeira. Pois lá vai.

Para além de cansada estou muito confusa. Os meus sentimentos misturam-se sempre em alturas que não devem.
Sei que é preciso contenção, mas não é nada disso que me apetece.
Sei que é preciso ter cuidado porque os meus pensamentos elevam-se a sonhos em segundos e depois é muito mais difícil fazer tudo entrar na normalidade.
Aquilo que eu “acho” que é numa primeira abordagem, numa segunda nunca o é (visto pelos meus olhos). Desta vez não quero pecar por isso, mas também, e francamente, não me apetece cair no ridículo de achar uma coisa que não é.
Quantas vezes já passei por isto?
Não, não é o que procuro. Nunca foi. Mas acontece, “não és só tu”.

Mas mesmo antes de tudo começar, começam os problemas existenciais, aquela faceta parva que nos tira o barato e que não nos deixa levar as coisas com naturalidade.

Assim restam duas hipóteses:

Ir para a frente e deixar que as coisas tenham o seu caminho sem medo das espinhas.

Ou então travar precocemente, sem deixar ver as cenas dos próximos episódios.
Emoção ou Razão?

Se se analisa, ganha a razão se pelo contrário se deixa as coisas correrem, então…

Pois que não sei… Sempre analisei.

Desta vez o tempo o dirá. Ou não…

Com ou sem erros cá está.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Fly Away Again


Skyline Pigeon

Turn me loose from your hands
Let me fly to distant lands
Over green fields, trees and mountains
Flowers and forest fountains
Home along the lanes of the skyway

For this dark and lonely room
Projects a shadow cast in gloom
And my eyes are mirrors
Of the world outside
Thinking of the way
That the wind can turn the tide
And these shadows turn
From purple into grey

For just a Skyline Pigeon
Dreaming of the open
Waiting for the day
He can spread his wings
And fly away again
Fly away skyline pigeon fly
Towards the dreams
You've left so very far behind

Just let me wake up in the morning
To the smell of new mown hay
To laugh and cry, to live and die
In the brightness of my day

I want to hear the pealing bells
Of distant churches sing
But most of all please free me
From this aching metal ring
And open out this cage towards the sun


Elton John
Correr atrás dos Sonhos e Voar outra vez

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pensamentos

O Pensamento é tramado. Depende do nosso estado de espírito.

Se estamos bem pensamos bem, se estamos mal pensamos coriscos.

Hoje parece que estou bem e por isso dei por mim a pensar perfeições, tudo é bonito, até eu me sinto “perfeita” hoje.

É, até eu estou perfeita hoje. Nem um grama a mais, nem um pouco maçadora.

E agora é que fiquei pasmada comigo própria. É… Contínuo estupefacta. É coisa que nunca tinha dado por isso. Sempre detectei que pensava mal de mim própria nos dias não. Mas nunca dei por mim a pensar em coisas boas de mim. Dou pelo bonito que me rodeia, pelas coisas boas que me dão, nunca dei nada por mim. Mal.

Surpresa...

Hoje foi relação directa. E insisto. Nos meus pensamentos uns dias sou gorda, desleixada, feia, chata, intrometida, nada interessante, mas hoje totalmente o contrário, até um bocado malandra e sensual, coisa que sempre achei piada nas outras, mas de facto, jeito não tenho e nunca tive nenhum. Desta vez estava com queda, reflectiu-se na minha postura durante o dia, mesmo sem eu dar por isso. Reflectiu-se, inclusivamente, na minha maneira de ser e de exprimir os meus pensamentos.

Não sei se foram entendidos, mas pelo menos foram ditos. Tive a ousadia de dizer aquilo que muitas vezes “nem às paredes se confessa”, mas quantas vezes se pensa e se sente.
Se se fosse sempre assim o mundo iria ser certamente bem mais interessante. (ou pelo menos mais picante.)


Quer se queira quer se não queira, quer se seja hetero, quer se seja homo, quer se seja sóbrio, quer se seja ébrio, serio ou brincalhão, velho ou novo, tímido ou sem ser, a vida são dois dias e
um deles passa pela postura em relação à nossa sensualidade.


Tudo isto pode ser conversa fiada. Amanha quando ler este belíssimo discurso posso eventualmente achar - Que atrasada mental que fui ao ter publicado tal despautério.
Logo se vê.


Até lá vai fazer parte de um dos meus “deliriuns” – Pensamentos…

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Momentos

Hoje já é 2ª Feira outra vez.

Este ano está a passar tão depressa que nem eu própria consigo ver o rasto de luz por ele deixado.

Qual Estrela Cadente.

Tudo se passa e se ultrapassa. As coisas boas voam, as más afundam-se, as indiferentes nem se dá por elas.

As vezes é preciso parar, ou tentar parar para se conseguir saborear aquelas palavras, aqueles acontecimentos, aqueles momentos.

Momentos.
Sim Momentos. Os meus momentos. Os meus e só meus, tal qual o Magum.

São tão necessários como o sal. Já contava a historia que a minha tia ouvia no papa discos á algum… tempo… atrás - “«Quero-vos como a comida quer ao sal», assim definiu a princesa o seu amor pelo pai, numa velha história da tradição popular”.

Sem eles a vida torna-se insossa.

E quando finalmente conseguimos parar sentimos o espirito rebentar de tanta agitação.

O peito incha, o respirar é profundo, brutal, enorme volumoso, a expiração é longa.

O coração dispara num frenesim silencioso e anestesiante.
As pernas ficam pesadas, o corpo, esse voa com asas de penas.
As pálpebras descem, deixando os olhos verem o que vai na alma.
A boca fica seca.
Os ombros descaem e a cabeça fica zonza, completamente tonta de prazer.

Estes momentos são únicos e poderosos.
Pequenos ou grandes, são sempre colossais.
Geralmente ampliados pela nossa imaginação, que lhes acrescenta uma pitada de sal aqui um bocadinho de pimenta ali, para que se tornem mais vincados e mais perfeitos.
São assim que eles são guardados dentro de nós como momentos perfeitos.

Momento
Uma espécie de céu

Um pedaço de mar
Uma mão que doeu
Um dia devagar
Um Domingo perfeito
Uma toalha no chão
Um caminho cansado
Um traço de avião
Uma sombra sozinha
Uma luz inquieta
Um desvio na rua
Uma voz de poeta
Uma garrafa vazia
Um cinzeiro apagado
Um hotel na esquina
Um sono acordado
Um secreto adeus
Um café a fechar
Um aviso na porta
Um bilhete no ar
Uma praça aberta
Uma rua perdida
Uma noite encantada
Para o resto da vida

Pedes-me um momento
Agarras as palavras
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas
Levas a cidade
Solta me o cabelo
Perdes-te comigo
Porque o mundo é o momento

Uma estrada infinita
Um anuncio discreto
Uma curva fechada
Um poema deserto
Uma cidade distante
Um vestido molhado
Uma chuva divina
Um desejo apertado
Uma noite esquecida
Uma praia qualquer
Um suspiro escondido
Numa pele de mulher
Um encontro em segredo
Uma duna ancorada
Dois corpos despidos
Abraçados no nada
Uma estrela cadente
Um olhar que se afasta
Um choro escondido
Quando um beijo não basta
Um semáforo aberto
Um adeus para sempre
Uma ferida que dói
Não por fora, por dentro

Pedro Abrunhosa/Momento

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Nada Nos Vai Separar


Quanto eu gostaria de acreditar nestas palavras

Tanto que elas dizem e tão pouco que elas são.

A dor que se sente de cada vez que alguém parte, para outra vida, outro país, outro mundo.

Este, nada nos vai separar, dói mesmo antes de acontecer. É falível, é infiel, enganador, é muito desleal.

E de cada vez que se sente, mais nos apercebemos que jamais vamos estar preparados para perder algo que algum dia em algum momento já foi nosso, mesmo que tenha sido só por um minuto ou mesmo por um segundo.


Si Tu No Estás Aqui

"No quiero estar sin ti
Si tu no estas aqui me sobra el Aire
No quiero estar asi
Si tu no estas la gente se hace nadie.
Si tu no estas aqui no se
Que diablos hago amandote
Si tu no estas aqui sabras
Que Dios no va a entender por que te vas.
No quiero estar sin ti
Si tu no estas aqui me falta el sueño
No quiero andar asi
Latiendo un corazon de amor sin dueño.
Si tu no estas aqui no se...
Derramare mis sueños si algun dia no te tengo
Lo mas grande se hara lo mas pequeño
Paseare en un cielo sin estrellas esta vez
Tratando de entender quien hizo
Un infierno el paraíso
No te vayas nunca porque
No puedo estar sin ti
Si tu no estas aqui me quema el aire.
Si tu no estas aqui no se...
Si tu no estas aqui."




Rosana

http://br.youtube.com/watch?v=XlFOpw8tG7Y



segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Já não me aguento a mim Própria


Hoje estou P. da vida.

Dei o meu passeio no paredão, logo de manhãzinha, que me soube lindamente e me deu supostamente ânimo para aguentar esta 2ª feira. O começo da semana é sempre duro.
Mas assim que cheguei ao escritório e sem perceber muito bem porquê, a minha disposição mudou. Não sei se foi o cheiro, a desarrumação, o escuro da sala, sei lá.

A partir daí, tudo foi menos.

Nestes dias o melhor mesmo é não ter ninguém ao meu lado. O risco de apanharem o desconto da minha indisposição, é grande, mesmo sem ter nada a ver com o assunto.
Tentei perceber o que me fez mudar o génio e apercebi-me rapidamente que são daqueles dias em que a cabeça está noutro lado mas o corpo tem de estar a trabalhar. Irra… porque é que tem de ser assim?

Depois de feito o diagnóstico, achei por bem sair para fazer alguma coisa de útil, já que ali não estava a conseguir. Mas dei conta, depois de fugir mais 3 vezes dos lugares onde tinha de ir, que o problema não era os sítios, nem as pessoas, nem os afazeres, era eu mesmo.

Pior do que ter de aturar os outros mal dispostos é mesmo ter de nos aturar nos dias em que não sabemos o que queremos.

É nestas alturas que uma amiga minha diz:

“ Já não me estou a aguentar a mim própria”

As Avós (Parte II)


Deparei-me com outro texto sobre as Avós, desta vez, presumo, de um português, já crescido:

"Toda a gente tem, pelo menos, uma avó.

É como o umbigo, não há ninguém que não tenha um.

Eu tenho os dois: o umbigo e uma avó (neste momento até tenho duas, mas o presente "post" serve para me referir àquela que deu à luz a minha mãe).

Antes de mais que fique claro: Eu gosto muito da minha avó, até porque ela tem a sua quota parte de culpa no meu umbigo (e eu também gosto muito do meu umbigo. Não sou daqueles que passa o tempo a olhar para ele mas também porque tenho a certeza que sou mesmo muito bom).
Sejamos honestos: todos nós pensámos, em determinados períodos das nossas vidas, que as nossas avós já nasceram avós: Nunca lhes conhecemos os pais. Só conhecemos os seus filhos e nós: os seus netos."De maneira que" (esta é uma expressão dela), sempre me habituei a ver a minha avó assim: avó.


Quando era miúdo julgava que ela era minha avó porque alguém a tinha mandado ser. Para mim não existia qualquer relação de parentesco. Se naquela altura eu não percebida como é que tinha saído da barriga da minha mãe, como diabo é que havia de entender que a minha mãe tinha saído da barriga da minha avó?

Quando era miúdo eu achava que a minha avó tinha e teria sempre a mesma idade e que os aniversários eram para os mais novos. Eu achava que a minha avó tinha muitos anos e que devia deixar as "festas de aniversário" para os outros (lá em casa chamávamos-lhes "festas de anos" mas com o tempo percebi que esta expressão poderia ter outras conotações e decidi abandoná-la).

Quando era miúdo eu achava que a minha avó teria sempre o mesmo tom de pele, as mesmas rugas, o mesmo andar.

Quando era míudo achava que as avós existiam para serem apenas e só isso: avós. Pensava que por serem avós, elas não precisavam de trabalhar (mais tarde lembro-me de ouvir o meu pai dizer que ela ganhava uma reforma e pensei que alguém lhe pagava para ela ser avó, minha avó).

Enfim, eu sempre julguei que a minha avó nunca deixaria de o ser. Ou pelo menos eu sempre achei que a minha avó nunca deixaria de ser como era: ainda para mais chamando-se Alegria... da Piedade, imaginem!Entretanto eu cresci. E a minha avó cresceu comigo. Envelheceu.

Hoje eu tenho metada da idade que ela tinha quando eu achava que ela já era demasiado velha.

Hoje, a minha avó tem quase 90 anos. E deixou de ser a minha avó como eu a conhecia, como eu me lembro dela.

Hoje, várias vezes, a minha avó esquece-se quem eu sou. A cabeça dela confunde a casa onde sempre viveu com a casa que nunca teve. Fala como uma criança. Não consegue somar o evidente com o lógico. Perdeu discernimento. Não reconhece o mal, dizemos nós. Perdeu vida. Ganhou amargaura. Perdeu vontade. Ganhou desinteresse. Perdeu Alegria. Mas nós, os que a rodeiam, lá vamos tendo Piedade.Ontem mesmo achou que estávamos a plantar flores numa parede. A única coisa em que ela acertou é que a parede não tem terra."

posted by o meu blog e maior que o teu - 2005